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sábado, 19 de julho de 2008

eu não sei o que fazer quando as pessoas começam a chorar na minha frente,fato.

eu lembro de uma vez na oitava série que uma amiga minha começou a chorar porque o pai dela queria tirá-la do colégio.E tudo que eu consegui fazer foi ficar lá uns bons dez minutos mexendo no cabelo dela.Eu lembro também de outra vez,quando eu devia ter uns oito anos,que eu pisei na mão da Gabi e comecei a chorar junto com ela.Eu me senti tão culpada na época!

enfim,eu sei o quanto ela precisa de mim agora...o quanto a gente precisa uma da outra na verdade.Por causa de tudo o que a gente está passando,por todas essas mudanças,pelo fato de que as coisas andam tão inconstantes ultimamente,que é como se a nossa vida fosse dar uma virada inesperada nunca mais voltar ao normal.E talvez nunca volte.

Eu me sinto tão distante da minha mãe,como se de repente eu tivesse me tornado uma pessoa separada dela.Eu não suporto o modo como ela sempre acha que me conhece bem demais,ou que pode tomar minhas decisões por mim,e eu simplesmente não sei porque isso aconteceu.
Quer dizer,nós duas sempre fomos bem próximas e eu tenho tantas boas memérias sobre as nossas conversas,nossos passeios,nossas compras,que eu sei que por mais que eu me sinta distante,uma parte de mim sempre será ligada a ela,ela é parte de mim,tão crucial quanto o meu próprio coração.
E eu me sinto tão fraca às vezes,tão impotente,que eu queria só por um momento ter metade da força dela,me fazendo enfrentar coisas que ninguém no mundo conseguiria.

É tão estranho ver o quanto eu mudei nesses últimos anos.Que de repente tudo aquilo em que eu acreditava despareceu misteriosamente da minha vida,que os meus conceitos são outros,que a minha visão a respeito das pessoas também e que depois de ter passado por tanta coisa,ter feito tanta besteira,eu ainda não sei direito quem eu sou de verdade.
Eu suponho que a gente toma muita coisa como certeza,e como definitivas também.Eu nunca,jamais imaginei que eu teria uma opinião sequer diferente de minha mãe,que eu e minhas amigas teríamos oito anos para sempre,que certos relacionamentos nunca chegam ao fim,que o colégio também não chegaria...Eu não pretendia ser tão cética,ou tão fechada para relacionamentos ou me esconder atrás do meu humor negro,como se eu tivesse medo de que as pessoas realmente ne conhecessem,montassem o quebra-cabeça e resolvessem o mistério.
A gente cria tantos conceitos a respeito de sí mesma.Eu sempre achei que não era o tipo de garota que se apaixonava,até que certo dia aconteceu e eu me peguei fazendo o que eu prometi à mesma nunca fazer,chorar por um garoto.Eu me forcei a ser essa filha perfeita,amiga perfeita,até que chegou o dia em que eu cansei e resolvi jogar tudo pro alto,todos esses anos de esforço.Eu coloquei essas idéias de o quanto eu era imbatível e segura de mim mesma,até as coisas mudarem e ficarem dificeis demais de lidar...Talvez eu tenha "achado" demais,criado para mim essa vida perfeita:T

mas é bom saber que certos laços não se quebram :)

domingo, 6 de julho de 2008

lack of color

eu deixei de sentir tanta coisa que é como se o tempo tivesse parado há um ou dois anos atrás.E é assim que a gente percebe que anda vivendo de saudade.
As coisas mudaram,eu percebo agora,e eu tenho milhares de palavras entaladas na minha garganta que ainda não sei como falar,ou para quem falar.Me conte mais sobre se sentir sozinha em meio à milhares de pessoas.

Eu queria ter seis anos outra vez,e ir ao Mc Donalds aos domingos com o papai,só nós dois,porque tudo que eu sei sobre o meu pai hoje,eu aprendi naqueles manhãs de 1996.
Me levem de volta para aqueles dias em que eu me entendia com a minha mãe,para aqueles dias em que a gente saía apé pela Dom Luís rindo sem parar.
Eu quero voltar para o último semestre do curso de inglês,para os sábados desperdiçados com as pessoas mais amáveis do mundo.

Eu sei que toda família tem lá os seus problemas,mas de vez em quando é difícil de acreditar que exista alguma que tenha mais que a minha.É uma visão pessimista,assumo.Egoísta,de certa forma.Mas veja bem,quando você não tem idéia do que vai acontecer,nenhuma opção parece plausível.
Você acaba descobrindo cedo ou tarde,essa é a verdade.

Nostalgia.Palavra bonita para um sentimento igualmente belo.Um brinde às nossas infâncias e os dias em que a gente ria até a barriga doer.

terça-feira, 1 de julho de 2008

alive.

Nesse começo de semana tudo o que eu fiz foi ficar com as amigas.E eu devo dizer que tem um certo conforto nisso,jogar conversa fora sem se preocupar com o mundo lá fora,que distante do nosso mundinho feminino e claustrofóbico tem milhares de coisas acontecendo...

Domingo de manhã fui à igreja com a Carol e a Gabi.Crenças à parte,sempre que uma delas chama,eu vou.Não sou evangélica nem nada,mas eu me sinto mais em paz alí.Por motivos que eu não consigo explicar,mesmo que eu não concorde com a maioria das coisas que eles tentam ensinar.
Eu gosto de andar por aquele pátio com as meninas.Da Carol implicando com todo mundo,da Gabi meio perdida,como sempre...e da volta pra casa,cantando no carro,rindo horrores de milhares de bobagens,me salvando do tédio do domindo de manhã.Definitivamente mehlor que dormir.

Ontem à tarde estava nervosa,tendo umas das minhas crises de ansiedade que sempre aparecem sem aviso prévio.Gabi ligou e pela primeira vez em muitos meses eu consegui falar tudo o que eu sentia.E foi bom ter alguém do outro lado da linha,apenas escutando,sem nunca julgar.
Fui para à casa dela uns minutinhos depois.Eu mostrei à ela a capa da Vanity Fair(futilidades à parte...),ela falou que jamais usaria o meu vestido e como não podia deixar de ser nós duas acabamos no sofá,assistindo um episódio de The O.C.,seguido de 'A Noviça Rebelde',como direito à pipoca,coca,passatempo e cantar as musicas,claro.

No final acabou tudo bem.E é tão bom dizer isso.