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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

forever young

eu passei pelo o menos uns dois anos da minha vida reclamando de onde eu morava,vivia dizendo que queria ter nascido em outros país e por algum motivo culpava todo mundo a minha volta por isso.E uma coisa que me disseram hoje me fez pensar que naquela época eu tinha uns 15 anos,era sustentada pelos meus pais,tinha tudo o que pedia,me levavam pra onde eu queria ir e eu acabei me tocando que eu não tinha autonomia alguma pra dizer isso,muito menos pra denegrir as pessoas daqui.Eu nunca trabalhei pra poder pagar um colégio bom,eu nunca soube o que é dormir na rua,muito menos o que é sentir fome e pior ainda,ter mais do que o necessário me fez me sentir culpada.Enquanto eu compro os meus sapatos e roupas e uma tarde com o cartão de crédito da minha mãe,tem gente que passa o dia inteiro pedindo esmola na rua pra comprar um pão.E vocês sabem o que é isso?ACOMODAÇÃO.

Pode até ser uma espécie de utopia,uma idéia besta que um grupo de pessoas enfiou na cabeça,mas cadê os jovens de hoje em dia?Cadê a fé nesse povo?Cadê a galera na rua lutando pelo o que é nosso de direito?Principalmente:Pq as pessoas de hoje em dia não tem mais sonhos?Pra onde foi a energia de todo mundo,a vontade de melhorar?Meu professor se surpreendeu hoje quando escutou a palavra SONHO na sala,daí ele parou,riu pra ele mesmo,e disse "Há quanto tempo eu não ouvia isso".Eu nunca movi uma palha pra conseguir o que eu queria,mas eu vou buscar minha independencia de agora de em diante,e isso não signfica o carro novo que eu vou ganhar do papai nem a carteira de motorista.Significa que eu vou lutar de verdade,que eu vou fazer com as pessoas escutem a minha voz com mais frequencia,mesmo que seja só um pouquinho,aquele ruidozinho que incomoda.

Cansei de esperar as coisas cairem do céu.De agora em diante o meu lema é correr atrás,tomar as minhas próprias decisões,confiar em mim mesma,na minha capacidade,no meu sonho de ter uma carreira.Mas uma coisa eu já aprendi com essas duas semanas de faculdade:Não adianta você ter um bom curriculo,um diploma na mão e técnica.É preciso ter visão,saber ouvir,se conhecer pra expor suas idéias pro mundo,por mais absurda que ela possa parecer.Pq como eu sempre digo,pra conviver com os outros você tem que conviver primeiro com você mesma.Você tem que se aceitar,alimentar os seus sonhos,confiar na sua força de vontade e acima de tudo FAZER.Não é facil não,especialmente quando a sua vida é boa demais pra você parar e se preocupar com a dos outros,mas é necessário para o nosso crescimento,pra expandir nossos horizontes.

Professor Alejandro disse que eu tinha quarenta anos pra me tornar uma grande jornalista,e eu sei que tempo me sobra,mas eu sei também que eu preciso começar de agora.;)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

outros outubros virão.

Cansada:/
mal tive tempo de respirar esse final de semana.Aula do FCE sábado de manhã,a tarde reunião do DA,o domingo passou voando e quando eu menos esperei já era segunda-feira,de volta a rotina outra vez.Mas eu não quero parar,eu gosto de ocupar meu tempo com outras coisas e eu posso dizer que a minha lista de amigos cresceu significativamente desde o começo desse ano,embora eu esteja mais proxima do que nunca das amigas antigas.Tem uma hora do dia que a gente tem que falar de tudo o que aconteceu na faculdade,o que a gente fez de novo,discutir sobre assuntos em comum,etc.

to meio de saco cheio do papo furado do meu pai e provavelmente eu vou passar os proximos dias reclamando sobre isso mas é pq eu to meio cansada da comodidade dele,da maneira que ele nunca faz nada pra que eu me sinta melhor em relação aos nossos probleminhas de relacionamento,que existe mesmo que a gente nunca tenha discutido de verdade.As poucas vezes em que meu pai me chamou atenção foi por alguma coisa que disse dentro do carro.Aliás dentro do carro é o maior período de tempo que eu passo com o meu pai.Eu escuto calada ele reclamar da vida,tento ignorar a maioria do discurso,até eu chegar em casa e pronto.

eu passei a minha vida inteira sentindo falta dessa relação que eu não tive incoscientemente.Eu tentava me convencer de que eu não precisava da atenção dele,e eu não preciso mesmo,mas eu quero.Sábado no Iguatemi eu fiquei observando umas criancinhas brincando com os pais,correndo de encontro a eles e eu pensei que eu nunca tive aquilo e me deu vontade de gritar pro meu pai que ele nunca se interessou em ter uma relação de verdade comigo,por isso que ele pensa que eu odeio.Ele estava bem ao meu lado resolvendo palavras cruzadas,mas eu apenas continuei sentada lendo meu livro e tomando a minha latinha de coca-cola.Eu nunca tenho coragem de falar pra ele o tudo o que eu tenho vontade e também nunca discuto sobre isso com ninguém,especialmente com a minha mãe,eu não quero que ela se preocupe ainda mais em preencher esse vazio.

hoje eu vi uma amiga antiga no onibus de transporte escolar da calçada da faculdade,quase que eu gritei por ela no meio da rua,fiquei tão feliz e ao mesmo tempo tão triste por te-la visto,queria poder ter falado e me perguntei até quando as pessoas vão continuar passando por mim sem nunca se aproximar.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

head on the grass.

Acordei sentindo falta do colégio.Eu tenho saudades da matéria copiada no quadro e do uniforme.Da biblioteca cheia de paradidáticos e dos fiscais no corredor mandando a gente entrar na sala de aula ao final do intervalo.É uma saudade boa por outro lado,daquelas que te deixa com um sorrisinho involuntário no canto da boca,apesar da pontada de tristeza inevitável.

Eu acho que eu até me adaptei bem rápido a vida universitária.Deus sabe o quanto eu odeio mudanças e o quanto eu temia o fim do Ensino Médio,mas tudo aconteceu como tinha de acontecer,olhando pra trás eu vejo que não tinha como ser diferente,mas eu também não consigo deixar de olhar com nostalgia para os ultimos três anos e pra aqueles anos lá atrás também,quando as responsabilidades ainda não existiam e o universo parecia se resumir àquele nosso mundinho limitado.É engraçado como quando a medida que a gente cresce os problemas começam a aparecer,não sei dizer se pq eles não existiam ou pq com a pouca idade,nós não os notávamos.Eu lembro da época em que eu gazeava aula e ameaçava fugir de casa(sim,tive a minha fase rebelde).Minha mãe ficava louca com as minhas notas,com as minhas roupas pretas e com as reclamações dos professores.Chorava,fazia drama,ameaçava me colocar em colégio público e eu sempre fingia que não tava nem aí.Depois veio a mudança de colégio e aquilo que os especialistas chamam de depressão,mas que eu prefiro chamar apenas de crescer,de abandonar a infância e lidar com você mesmo,se aceitar do jeito que é,aquelas mudanças sultis e dolorosas por quais a gente passa quando está crescendo.Durante esse período eu passei por duas psicólogas e um psiquiatra e eu me sentia completamente dependente das analises e dos remédios,mas ninguém nunca foi capaz de dizer o que eu realmente sentia.Isso tudo passou com o tempo.À medida que eu fui firmando os meus pés no chão e fazendo as minhas próprias decisões eu deixei de ser tão insegura,de precisar que outras pessoas me dessessem o que fazer pra que eu me sentisse bem.Foi uma questão se colocar as idéias no lugar e só,a medida que eu fui me saindo daquele redemoinho de sentimentos novos,os pensamentos ruins desapareceram.Durante aquele ano de 2006 foi como se eu tivesse vivido em camera lenta e ao mesmo tempo com toda a intensidade do mundo.Nada acontecia,mas eu vivia a flor da pele,presa naquele redemoinho de emoções.Era como se eu tivesse mais viva.Hoje,em compensação,eu me sinto mais livre.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

be be your love

Sabem quando a gente pensa que viveu muita coisa,que a nossa bagagem é extensa pra alguém da nossa idade?Pois é,até hoje de manhã eu achava que tinha um número considerável de experiêcias,eu sei que passei por coisas que muitas garotas da minha idade não tiveram de passar,mas ainda estou longe de ter uma história pra contar.
O meu professor de História da Comunicação tirou uma aula pra nos falar um pouco sobre ele e para que a gente pudesse se apresentar também.Chileno,quando o Pinochet assumiu o governo em 1973 e implantou a ditadura ele tinha por volta de 10-11 anos e viu pessoas sendo fuziladas no meio da rua.O avô dele,político do antigo regime vivia na clandestindade e certo dia ele o levou pra ver os corpos boiando em um rio,pouco tempo depois ele veio embora pro interior de SP.Fez engenharia,desistiu.Pegou uma mochila e 100 dólares,comprou uma passagem pro Trem da Morte e passou três meses na Bolívia,na terceira semana o dinheiro dele acabou.Pedia comida em restaurantes,dormia em igrejas ou praças,voltou pra fazer jornalismo.Nessa parte da historia ele falou uma frase que me lembrou o Che Guevara,que a maior viagem que um o ser humano é capaz de fazer,é de fora pra dentro,e q ele precisou passar por isso tudo pra descobrir que queria ser jornalista,pra decidir o rumo da vida dele,e eu saí de lá pensando,que meldels,eu não vivi quase nada comparada a ele!Primeiro,eu não suportaria ver pessoas morrendo na minha frente,eu me conheço bem nesse aspecto e sei que não sou forte o suficiente pra isso,a simples ideia de ver um ladrão levando uma surra na frente da minha casa é capaz de me revirar um estomago.Segundo,que pegar uma mochila e sair mundo a fora sem rumo,exige coragem.Ao longo dos anos eu me descobri sim mas corajosa e mais forte do que eu pensei que fosse,mas eu também descobri que eu sou mais inexperiente também,meio que uma amadora no meio disso tudo.Eu estou longe de passar por tudo que pessoas por aí passaram.Eu tive tudo nas minhas mãos a minha vida inteiro e nos ultimos três anos tudo o que eu fiz foi reclamar do tédio,da cidade em que eu moro e do colégio,e olhando pra trás,eu percebi que não aprendi nada com as minhas reclamações,eu SENTI mais do que vivi durante o ensino médio,eu mergulhei nesse turbilhão de sentimentos que eu nunca havia sentido antes e achei que aquilo era tudo e eu fui me angustiando mais e mais,até tomar uma decisão de verdade e deixar o passado pra tràs.Ainda é cedo pra dizer que eu me descobri,mas eu posso dizer que estou no caminho certo.



terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

sou uma por mês.

choveu hoje.Eu amo escutar a chuva de dentro da sala de aula,sempre gostei,desde os meus tempos de colégio.Agora eu falo da escola como se tivesse sido há muito tempo atrás,mas é assim que a coisa toda me parece,foram umas férias longas,mesmo com a recuperação e esse ano que passou também não foi dos melhores;T
A estória toda de faculdade ainda é meio nova pra mim,de vez em quando eu me surpreendo com um aluno que sai da sala sem pedir ou com a ausencia da lista de material escolar.Mas ao mesmo tempo também é estranho e ir e voltar com o meu pai e receber mesada.Eu me imaginava de uma maneira completamente diferente,com carteira de motorista,emprego e independencia.Nada disso aconteceu na verdade,eu ainda faço as mesmas coisas,vivo na mesma antiga rotina,apenas com algumas adições,como as reuniões do DA e as atividades práticas.

eu adoro observar as pessoas,adoro a maneira que elas reagem a certas coisas,a forma que elas tem de construir o próprio mundinho,e que até aquelas mais superficiais tem segredos que não revelariam por nada.Eu tenho milhões.Milhões de segredos,lembranças e mágoas guardadas.Meu mundinho é extenso,cheio de nuances,cheio de contradições.Eu guardo tudo,até o que eu não queria guardar.As letras de música,as cenas de filme,trechos de livros,cartas que eu escrevi,momentos breves,frações de segundo.
Eu sempre tive a ideia de filmar meu quarto em mente,começando com uma imagem embaçada a distância,depois aproximando,mostrando em close casa detalhesinho.O caderno aberto em cima da cama,os sapatos jogados no chão,minha pulseira de prata encima de uma prateleira,a coleção de livros e DVDs,tudo em perfeita ordem,ao som de Elliot Smith,destacando bem todas as cores.Os adesivos do computador,o potinho com lápis de cor na escrivaninha.Íntimo.Cada pedacinho da minha vida,todas as peças do quebra cabeça,com tudo aquilo que me é familiar.Meus livros,meus filmes,a bagunça do cotidiano,os controles da TV em meio as almofadas,a briza que dificilmente sopra,a vista da minha janela,naqueles dias em que o mar e o céu estão mais azuis.Um copo de coca-cola pela metade,escova de cabelo e esmalte destampado,troco do lanche embaixo do moldem.Janela aberta,porta fechada.Tv ligada,cama desarrumada,coração batendo forte,sangue correndo,ritmo acelerado,CDs arranhados,engrenagens funcionado,cabeça a mil,corpo parado,brinquedos quebrados,mundo girando outra vez.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

passo em falso.

A foto é do livro de fotografias 'Benditos' do Thiago Santana.
Minha professora de Introdução a Comuniação usa bastante as fotos dele na sala de aula,acabei não achando a foto que eu queria,a do garotinho olhando as velas,que sinceramente,foi uma das fotos mais bonitas que eu vi na minha vida,é tão complexa de uma certa forma e as pessoas interpretam sempre de uma maneira diferente umas das outras.Mas pra mim,acima da tudo ela passa solidão,assim como a foto de cima também passa.

Há mais ou menos três anos a minha avó paterna morreu,eu lembro quando o meu pai me tirou da aula pra me dar a notícia de que precisava viajar pro enterro,eu lamentei,me senti mal pelo meu pai mas não cheguei a me sentir triste,eu nunca tive saudades da minha avó,pq eu nunca convivi com ela de verdade.Eu fui a casa dela em Campina Grande muito raramente ao longo desses anos todos e ela nunca foi muito de conversar comigo,me falar coisas.Eu lembro que eu gostava do santuário dela,tinha algo de mágico naquilo,e que ela odiava que eu mexesse.Eu gostava da comida tbm,do café puro ao invés do nescafé,e eu sinto saudades disso tudo de vez em quando.Quando ela faleceu faziam quase dois anos e meio que eu não a via,foi uma surpresa,mas eu encarei bem,assim como eu geralmente encaro bem as coisas mais difíceis pra empacar com as mais simples.

Meu pai e eu temos uma relação complicada,a gente quase nunca briga,mas a gente também não se fala com frequencia.Ele é calado,eu sou calada,nós dois nunca falamos o que sentimos de verdade e tem tanta coisa que eu gostaria de falar pra ele,que eu gostaria que ele mudasse.Eu odeio a maneira que ele despreza tudo que eu gosto,como se fosse muito relevante eu assistir ou não aquele filme que eu estava esperando a séculos ou que eu compre um livro que eu queira ler.Ele se mete do que não é da conta dele,da opiniões quando deveria ficar calado e principalmente ele nunca ouve ninguém,odeia conselhos.
Meus pais são tão diferentes um do outro que eu me pergunto se um dia eles chegaram a se amar,ou se eles simplesmente confundiram o amor com alguma outra coisa.Minha mãe é tudo o que o meu pai não é.Ela é alegre,otimista,segura de si,generosa...está sempre rindo,dando o melhor de si em tudo que faz.Enquanto o meu pai é trancado,pessimista,inseguro,egoísta...sempre colocando defeito em tudo,como se estivesse sempre com medo de se decepcionar com algo,e eu sou exatamente do mesmo jeito,por isso eu acho que o entendo mais do que eu deveria.E essa é a parte que não entra na minha cabeça,como essa conexão foi perdida dos meus tempos de criança pra cá.O que diabos que aconteceu que fez tudo aquilo que a gente tinha antes estacionar e eu apenas me afastar mais e mais dele?

É disso que eu tenho medo,que ele vá embora antes que a gente consiga romper essa barreira,de repente,e que eu não consiga nem mesmo sentir saudades.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

off.

Acabei de voltar do centro da cidade;Eu adoro aquele lugar,mas raramente vou.Fazem séculos que eu não piso no teatro José de Alencar,a última vez eu devia ter uns 10 anos,na aprensentação de Ballet da Madianna Romcy.Eu amo a farmácia Oswaldo Cruz e aquelas balaçanças antigas e amo as galerias também.

Não almocei ontem,minha mãe ficou chateada,eu sei.Ela anda preocupada com a minha falta de apetite,mas eu não tenho sentido muita vontade de comer ultimamente,sei lá,a comida não entra.Eu passo o dia inteiro na cola-cola se deixarem,só de olhar pra um prato de carne já me da um enjôo terrível.Eu como sem culpa,até pq é difícil eu engordar,NÃO TENHO DISTÚRBIOS ALIMENTARES,OKS!

Tenho reunião da faculdade as duas,é com o pessoal do grêmio,não é obrigado ir,mas eu acho importante se relacionar com os alunos de semestres mais adiantados,além do mais o assunto interessa a todo mundo.Eles tem um jornal lá,'O Insulto',todo mundo pode publicar textos se quiser,achei legal a iniciativa.A professora de Português Istrumental deu o nome de treze autores,ela vai sortear um pra cada grupo(rezando pra pegar a Emily Brontë >.<),e eu tenho que pegar o material dela na gráfica.Audiovisual é bem legal,gostei do professor,e to pensando em fazer Fotografia como disciplina complementar (:

Sinto taaanta falta do curso de inglês,queria repetir todos os semestres com o mesmo pessoal.Eu era tão criança quando comecei,odiava ser a caçula da turma,mas foi um período que realmente marcou a minha vida e que deixou saudades,de um jeito especial *-*~

http://www.youtube.com/watch?v=nPppkkfKSiU&eurl=http://www.orkut.com/FavoriteVideos.aspx?uid=18439340580223690197
FINALMEEEEENTE*-*

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

faded jeans and sunglasses.


INFEEERNO¬¬
Eu tenho os familiares mais cara-de-pau do planeta!Vejam bem,estava eu na casa da Gabi e quando eu chego em casa me deparo com duas criaturas sentadas no sofá da sala.Quem são os inconvenientes que aparecem sem avisar?Mãs é lóóógico que é algum dos meus familiares sem noção que vão ficar aqui até dez da noite.Será q passa pela cabeça deles q a filha da dona na casa tem aula cedo amanhã e o q estudar?E q quarta-feira não é exatamente um dia ideal pra passear até dez horas da noite na residência de alguém??Helloooo!

Estou meio cansada das apresentações dos professores novos,quero ter o que estudar logo,ter com o q me distrair.Tirei meu cartão da biblioteca hoje,a maioria dos livros são academicos,mas acho válido ainda assim,pode ser que eu precise qualquer dia desses.Eu gosto do pessoal lá da sala,sempre tem uma ou outra enjoadinha com quem você não vai com a cara mas a maioria é gente boa,to gostando (:

Certa vez li em um livro a seguinte frase "Antes de conviver com a sociedade,um homem tem que conviver com ele mesmo",e eu acho que eu entendo melhor disso hoje em dia.Depois de toda a confusão que foram os meus últimos três anos de colégio,era de se esperar que as coisas se ajeitassem depois que eu entrasse na faculdade.É mais que isso também.Não é só satisfação pessoal,motivo de orgulho pros meus pais ou coisa do tipo,foi algo que eu conquistei sozinha,com o meu próprio esforço e só agora eu consigo enxergar o quanto isso é importante.Obvio que eu fiquei feliz quando vi o meu nome na lista de aprovados,mas agora eu me sinto mais satisfeita comigo mesma,se alguém consegue me entender.

Eu tenho pavor a pessoas conformadas,que aceitam as circunstancias com facilidade.Eu sempre achei que pessoas assim são infelizes,e me achei infeliz também em certo período da minha vida.Vi minha amiga chorando hoje,e não houve nada que pudesse fazer além de dar um abraço e dizer algo que fizesse ela se sentir melhor.Ela sempre consegue fazer com que eu me sinta mais confortável naqueles dias em que eu não suporto nem olhar na cara das pessoas e eu me dei conta que os momentos mais felizes que eu tive nos ultimos dez anos foram vividos ao lado dela e da Carol.As canções da Disney cantadas em uma fila de supermercado,os milhares de filmes e saídas,as idas ao Beach Park ou a praia,todas as datas importantes que nós passamos juntas,os planos que a gente,as memórias que a gente vai carregar pro resto da vida.Foram em momentos assim que eu me senti completa.Quando a gente pulava as ondas violentas do Porto das Dunas de mãos dadas ou durante aquelas conversas loucas que eu tenho com a minha mãe toda noite.Tudo parece se encaixar em completa harmonia e por aquelas frações de segundo eu me sinto completamente feliz.Mesmo que tudo ao meu redor esteja uma bagunça,mesma que eu queira berrar um FODA-SE imenso pra primeira pessoa que eu encontrar na rua,ou que,por acaso,eu me sinta infeliz.Amor é ser capaz sentir a dor e a alegria da outra pessoa e isso me lembra da vez em que eu pisei na mão da Gabi e chorei junto com ela quando eu senti dor ou quando a Carol teve uma crise no meio do shopping e eu completamente em pânico não soube o que fazer,e talvez esse seja o motivo pq minha consciencia pesa quando eu brigo com a minha mãe.Pode ser que a gente não seja feliz o tempo inteiro,ninguém é de fato,mas eu sou profundamente grata por esses momentos da mais completa felicidade q as supracitadas pessoas acima me propocionaram!♥



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

"I never realize how much I like being home unless I've been somewhere really different for a while"

Primeiro fui assistir Juno por causa de todo o comentário em relação a indicação do filme pro Oscar e também por causa das ótimas críticas que o filme tem recebido.Porém devo confessar que eu não esperava grande coisa do filme,nem sequer tinha checado o trailer no 'seu tubo',mas sinceramente,valeu cada centrado da minha entrada inteira!
Acima de tudo eu gostaria de elogiar o roteirista por ter transformado um tema tão estereotipado em um bom filme,fugindo dos eventuais clichês com uma ótima construção de personagens,bons diálogos e uma abordagem toda nova sobre gravidez na adolescência.

Segundo,parabéns Ellen Page,você acaba de ganhar mais uma fã declarada,pois na minha humilde opinião você pode ter o melhor texto do mundo em mãos,se você não tiver um ator altura o seu roteiro digno de Oscar e nada são a mesma coisa.Acho que todo mundo já estudou com uma Juno,a garota independente e despachada e geralmente excluída das demais panelinhas.A interpretação da Ellen é espontânea,é extremamente cativante e acima de tudo é verdadeira,ela dá vida própria a personagem,a faz diferente das tantas mães adolescentes que a gente ver hollywood afora e ao mesmo tempo ela sente tudo aquilo que uma garota nessa situação costuma sentir,exatamente da mesma forma(com uma dose extra de sarcasmo,eu diria),mesmo que o desfecho que ela decide dar a história dela seja bastante diferente.

O Michael Cera está uma graça como o pai do bebê,ele fez um dos poucos filmes de comédia que eu não acho dispensável e desde Superbad ele vem atraindo a minha atenção.Assim como a Ellen Page ele também é super jovem e está começando a receber a atenção da mídia a pouco tempo,e eu acho que eles estão fazendo ótimas escolhas profissionais até agora.Fiquei sabendo que a Ellen Page já era uma atriz mirim bem conhecida no Canadá,mas eu so passei a conhecer o trabalho dela mesmo depois de Hard Candy e de toda a polêmica em torno de Um Crime Americano.
Os dois estão MARAVILHOSOS em Juno.Ótimas peformances,boa química entre os dois,um romance adolescente diferente de qualquer filme voltado pra menininhas de 15 anos(vulgo Hillary Duff&cia),uma comédia divertida e leve sobre os dramas dessa transição da adolescencia pra vida adulta.RECOMENDO!

p.s.(1):Trilha sonora também é excelente!

p.s.(2):Não me decidi ainda pra quem torcer pro Oscar de melhor filme,estou entre Juno e Desejo e Reparação.Atriz é Ellen Page,coadjuvante Saroise Ronan (:

meu primeiro dia como universitária.


Pronto,pus um fim a minha ansiedade.Acabei de chegar em casa da faculdade e foi exatamente como eu esperava.Eu sempre fico com medo de criar expectativas demais em relação as coisas,e nesse caso em especial,eu meio que tava com medo de chegar lá e pensar que aquilo tudo não era pra mim,e embora o primeiro dia ainda seja cedo pra dizer,eu acho que estou no lugar certo :)

Além dissa está sendo bom voltar a ativa,tava meio cansada de ficar em casa sem nada pra fazer,é como se a minha vida tivesse entrando nos trilhos outra vez.Faculdade de manhã,trabalhos pra fazer e matéria pra estudar à tarde,assistir meus seriados à noite ou ler um bom livro...Eu sei que parece entediante,mas eu gosto dessa minha vida regrada,dos cinemas ao sábado,do cursos no horário certinho,etc.E talvez só agora eu tenha percebido o quanto eu senti falta disso durante essas férias,de ter coisas programadas,as usuais responsabilidades...


Sobre a faculdade,bom,não é tão diferente do colégio.Tipo,tem o seu nome ao lado do número da porta da sala e a professora fez chamada(!)

Mas por outro lado também não deixa de ser um ambiente diferente,é legal se relacionar todo dia com pessoas com os mesmos interesses que o seu,que querem seguir a mesma carreira...


De resto,eu juro que queria escrever mais sobre a o meu primeiro dia de aula,mas o meu cansaço não está permitindo,por isso sinto muito,mas fica pra próxima.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

she moves in her own way.


Bom,a mudança de blogger se deve a nova etapa da minha vida que eu estou prestes a começar.Amanhã é o primeiro dia de faculdade,hoje meu último dia como uma estudante de Ensino Médio,ultimo de férias também,ultima chance de aproveitar essas ultimas horas de folga,embora eu não tenha feito nada de muito interessante hoje.

Estou com tudo pronto.Bolsa arrumada,roupa escolhida,unhas feitas...queria dizer que não estou nervosa,que como sempre eu me comporto como se nada tivesse prestes a acontecer.Mas é diferente dessa vez,eu estou cheia de espectativas,com aquele sentimento meio trêmulo que eu tinha quando era criança antes dos passeios do colégio.


Hoje,especialmente,pra fechar esse ciclo e começar um outro,eu gostaria de escrever sobre o ano de 2004,como minha última chance de se agarrar a ele.Eu diria que foi naquele que ano,durante a minha oitava séria,que eu comecei a achar as respostas pras minhas perguntas,que eu comecei a fincar meus pés no chão e entender melhor as coisas a minha volta,principalmente entender as pessoas.Naquele período eu sentia uma necessidade enorme de testar meus limites,de fazer coisas que eu nunca havia feito,de quebrar regras.

Em 2004 eu fiz novas amigas e o meu mundo passou a se limitar àquilo,aquele universo juvenil de adolescentes de 13 ou 14 anos.Passeios no shopping,meninos,trabalhos escolares e aulas gazeadas.E eu adorava a sensação de estar fazendo algo errado.


É engraçado a maneira que as coisas mudam.Quando você tem,12,13,14 anos,você tende a pensar que o mundo gira ao seu redor,que você nunca vai ser mais madura ou que sempre vai gostar das mesmas coisas,amar a mesma pessoa pra sempre.Quanto a isso,eu diria que naquela época eu ainda tinha muito o que aprender.Inevitavelmente as coisas mudaram.Nos separamos,passamos a nos encontrar casualmente durante aniversários de alguém da turma,um cinema ou outro durante as férias.Naquela tempo,lá atrás eu também pensava que seria pra sempre,que a escola não ía acabar,que tudo permaneceria igual até que enjoasse daquela mesmice.Coisas aconteceram,algumas por causa dos erros que a gente cometeu,algumas porque tinham de acontecer.Eu sinto falta dos corredores largos do 7 Setembro,da semana cultural,do uniforme feio,porém saber que a gente vai ter sempre algo a dizer uma pra outra naqueles ocasionais encontros e que ainda restam as memórias daquele tempo,me serve sim de consolo.


e agora sim,goodbye high school!:D