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sábado, 30 de maio de 2009

trouble

Eu oficialmente desprezo meu pai.
E a parte triste é que eu nem sem quando eu passei a me sentir assim.
Acho que em algum ponto eu percebi que ele não era o que ele precisava ser,e que não importa o quanto eu o perdooe ou tente apagar o passado,ele continua me magoando de novas formas,de algum outro jeito que fez com que eu parasse de acreditar que ele tem jeito.

Quando eu era criança,acho que gostava mais dele do que da minha mãe.Quer dizer,ele nunca reclamava,me levava para o Mc Donalds dia de domingo e me trazia um presente toda semana.Enquanto a minha mãe,fazia o que tinha de ser feito.Se certificar de que minhas tarefas estivessem em dias,me lembrar a hora de tomar banho,me vestir apropriadamente.Talvez eu deva culpá-la por ser tão controladora,querer que tudo aconteça como eu planejo.
Eu nem sei se algum dia eu tive a chance de ser uma criança de verdade.Eu sempre tive tanta coisa com que me preocupar,incluindo o casamento dos meus pais,que estava sempre beirando o caos,mas as melhores lembranças que eu tenho,até os meus 6 ou 7 anos de idade,foram proporcionadas por ele.
As nossas caminhadas na praia,os domingos no shopping,as vezes que ele me carregava nos braços porque eu sempre voltava dormindo das festinhas...Tudo isso faz com que eu me pergunte como os papéis se inverteram.Quando eu passei a amar a minha mãe tão desesperadamente a ponto de depender dela para quase tudo.

Hoje eu sei que eu sempre a amei mais,e que aqueles dias com o meu pai,para ele,não passou de um mero passa tempo.Ele não tinha que me dar ordens,que cuidar de mim quando eu adoecia,de ensinar o meu dever de casa,tudo o que ele tinha de fazer era me dar dinheiro o suficiente para que aquelas saídas no final de semana ficassem cada vez mais escassas.

De algum jeito,eu queria poder tirá-lo da minha vida,mas todas as vezes que eu tento,um fotografia aparece ou uma memória ressurge,e como sempre,eu me vejo presa a ela.
Talvez porque eu saiba que se eu me afastar por muito tempo,eu corro o risco de perdê-lo de vista pra sempre.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Fim de tarde.
Tudo em ordem,como sempre.As almofadas na cama,meus livros,minhas bonequinhas chinesas,as borboletas na minha parede,meu caderno de veludo.Meus bibelôzinhos dourados,minhas caixinhas com estampa oriental,as cortinas brancas,os chaveirinhos pendurados na porta do guarda-roupa e os sapatos jogados no chão.
Tudo é completamente plano,às claras.Tudo por fora,pelo o menos.Sobre os armários e gavetas,não posso dizer a mesma coisa.

Um infinito de papéis jogados,cartões de aniverário,recadinhos,provas,fotografias,até o um aparelho de DVD quebrado.
Segredos,dias em que eu quis voar e dias em que eu quis sumir.
Lembranças.Saudades da minha infância,saudades de gente que eu não vejo mais,saudades do portão do colégio e dos corredores.
CD's das Spicy Girls e Backstreet boys,Barbie primavera,maquiagem vencida,frascos vazios,pulseiras quebradas.
Planos.Planos para o futuro,planos para agora,para depois.Um milhão de sonhos,dezenove primaveras,verões,outonos e invernos.
Tardes na piscina,tardes na Dom Luís,tardes com a Gabi.Tardes beijando loucamente em um sala de cinema escura.Tardes passadas sentada na minha escrivaninha vendo os navios atracando no Porto.
Noites em claro,noites escuras.Noites inesquecíveis,noites perdidas.Noites apaixonadas,noites aflitas,noites infames,noites insignificantes,esquecíveis.

Sonhos.Realizados.Perdidos.Constantes.
Sonhos que eu invento,sonhos que eu persigo.Papel machê,purpurina,bobagens,extremamente importantes.Irrelevantes.
Verdadeiros.

Presilhas,lápis de cor,bala de canela,livros,CDs,revistas,filmes que eu nunca vi,caixas,recortes,trabalhos,velas brancas,pérolas,laços,verde água,caixinha de música,roupas,sapatos,Princess by Vera Wang,Dior Kiss.Latinhas de coca-cola,celular,gatinho dourado com olhos de strass.My Little Pony,caixas brancas,computador,TV,outros eletro domésticos,cartas,beijos,pétalas de rosas,porta retrato,um milhão de sapatos,roupas velhas,roupas novas,vestido preto maravilhoso,agenda,notas de 10 reais,esmalte vermelho,mouse pad fodido,bons modos,maus modos,óculos escuros.
Por do sol,chuva,Gossip Girl,um milhão de sorrisos,algumas lágrimas,lembranças que eu não faço questão de lembrar,gigoletes(não podem faltar),canetas com brilho,twitter,trabalhos,Trio,Aturgil,chão firo,elefantinho da Índia,pulseira Tiffany,lingerie sexy,paciência pouca.
Muita auto-estima,pouca determinação.Grandes feitos,falhas,alegrias,convites.
19 chances de consertar os erros.19 chances de errar tudo de novo.

Ainda valeria a pena

domingo, 10 de maio de 2009

safe.

Eu tive o melhor final de todos os tempos.
Saí com a Carol e a Gabi ontem,assisti Wolwerine,ri horrores,fiz compras,andei de mãos dadas com as minhas amigas...engordei também,óbvio,e fiz as duas desistirem da dieta da banana:D

Fazia algum tempo que não saíamos as três juntas,rindo por qualquer coisa,sentindo toda aquela proximidade,toda a força que elas me transmitem,e acima de tudo,esquecendo que a professora de segunda é um pé no saco,que por aí,pelo mundo afora,tem gripe suína,tiroteio e terremoto,e que nada disso importa muita quando eu estou com elas.

Hoje passei o dia com a minha mãe,óbvio.Aquele típico almoço de família,só que dessa vez sem os familiares chatos.
Foi tão bom sentir a dinâmica,as brincadeiras dos meus irmãos,meus primos que eu amo tanto,meu sobrinho preferido e os nossos papos sobre Harry Potter(o abraço mais gostoso do mundo também é o dele),a minha mãe matando todo mundo de comer e o monte de comida que sempre sobra.As conversas que eu tenho com a minha mãe depois que todo mundo vai embora,deitada na minha cama,meu pai meio bêbado...
Isso tudo me passa tanta segunrança,tanta calma,e a certeza de um amor absurdo,que não tem começo e nem fim.
São em dias como esses,que a gente deseja que nunca acabem que eu me dou conta do que vale a pena.Que não importa o problema,a situação,eles vão estar comigo.E que mesmo em meio a esse caos,a essa pressa e aos dias em que eu tenho que me lembrar de respirar,ainda existe esperança.