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terça-feira, 14 de outubro de 2008

feels right.

Eu não sei dar segundas chances.Só algo que eu concluí...
Quando criança eu passei uma noite inteira vomitando por causa de um queijo-quente.Desde então,eu nunca mais comi queijos-quentes.Também nunca mais dormi na casa de uma parenta depois que ela me acusou de algo que eu não fiz.Só vi 'O Pianista' uma vez,para nunca mais,embora eu tenha gostado.Eu não me recupero bem de traumas,como já deve ter sido notado.
Eu nunca consegui contornar bem as situações,ao invés disso eu apenas fujo delas.

Minha mãe está fazendo mil planos para mim prox.ano.Quer que eu comece a estagiar para ganhar prática,quer que eu faça mais um curso,se chateou porque eu larguei o Pilates e provavelmente já está querendo arrumar alguma outra atividade para eu fazer.
Essa é minha mãe,sempre pensando nas coisas antes do tempo.
E eu,bom.Sempre adiando-as.
Por enquanto eu finjo concordadar com tudo,depois eu imponho as minhas vontades.
Eu quero fazer estágios,quero voltar a nadar,o que provavelmente ela não vai concordar e quero fazer um curso de francês,ao invés do curso de preparação pra professora de inglês que ela quer que eu faça.Sei que quando eu descordar das idéias dela,ela vai ficar chateada.Porque houve um dia em que eu atendia todas as suas vontades...
Isso foi até todas as mudanças ocorrerem e eu começar a pensar por si só,ter meus próprios ideais,ao invés de me aproveitar dos dela.Foi antes de eu perceber que eu fazia isso por segurança,por saber que aquilo a estava satisfazendo e dizendo a mim mesmo que era o que eu queria,e antes também,de eu entrar em uma faculdade da minha escolha e conhecer de verdade o mundo lá fora.
Eu sei que é difícil para ela ver o quanto eu mudei em tão pouco tempo.Ver com o passar dos dias,as minhas características se transformando aos pouquinhos,até que a mudança tivesse completa e eu não fosse mais algo que ela era capaz de controlar.Uma estranha que nem mesmo pertence mais a ela.
Mas ela vai entender que crescer é necessário e que as mundanças fazem parte do processo.
Eu sei que sim,ela é minha mãe.
Assim como eu estou começando a processar a mundança de religião da minha amiga e pretendendo fazer o meu melhor para sempre estar ao lado dela,embora ultimamente,eu ande meio distante.Nem mesmo fui à casa dela depoois que soube do pai dela.E sim,eu me sinto culpada,mas nós duas nunca cobramos nada uma da outra,de modo que eu vou chegar lá,e nós vamos conversar e contar as novidades como se não tivéssemos passado um dia separadas...

Por falar em amizade,eu devo dizer,estou surpresa com o quanto algumas pessoas conseguiram me surpreender esse ano.Não foi algo esperado.Pelo contrário,eu prometi a mim mesma não me envolver demais,a ficar na defensiva para não ter que lidar com as possíveis decepções.
Eu não acho que percebi,quando as pessoas,aos pouquinhos foram se aproximando,ganhando um certo espaço na minha vida e de repente,se fazendo imprescindíveis,como se eles estivessem alí o tempo inteiro,só esperando que eu deixasse elas entrarem.
Eu já falei milhões de vez a respeito do fracasso que eu sou para fazer amigos,mas esses não foram exatamente planejados.Como se eu tivesse olhado em volta no primeiro dia de aula e escolhesse a dedo:"Pronto,esses vão ser os meus amigos".Simplesmente me pareceu certo tê-los comigo,por mais que ultimamente as coisas pareçam predestinadas a sair do meu controle,e as minhas certezas diminuam a cada dia.Com eles eu tenho aquela segurança de que eu estou em movimento,de que eu sou capaz de esquecer os meus problemas e rir sem preocupações,ao invés de me entregar a eles.Eu consigo amar até a droga de caos dos nossos dias,sempre com algo dando errado.Não teria a mesma coisa se fosse diferente...E quando eu lembro de uma pequena tragédia ou outra,ou me pergunto como eles agüentam escutar meus comentários maldosos a manhã inteira,eu não posso evitar sorrir o meu sorriso mais sincero e amá-los demais.
Desapontamentos vão acontecer de vez em quando,faz parte de qualquer relacionamento,todo mundo erra.
A verdade,é que de vez enquando vale à pena.


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