Yaay,last day of 2009!Gosh,I'm so happy is almost over >.<
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
bye,bye 2009!
Postado por patricia às 09:33 0 comentários
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
changes
I can't believe it's almost Christmas!And I know it doesn't sound like me at all,but I'm kind of excited...I've always loved it,since I was a little kid,and for the first time in many,many years everything seems to be falling back on it's place,and I can't even begin to describe how good it feels.
Postado por patricia às 13:53 0 comentários
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
.
There this one question that I can say I spent my whole life avoiding the answer or denying it,I don't really know...But I just cannot pretend anymore,the truth is out and it hurts the worst,but I can't scape it.
Postado por patricia às 11:18 0 comentários
domingo, 8 de novembro de 2009
faith
I'm sick to my stomach.As always.
Postado por patricia às 13:50 0 comentários
Marcadores: b
domingo, 1 de novembro de 2009
shiny dolls
Mom and dad are traveling 'till Monday.I was left home alone because only the thought of going to the countryside for three days make me wanna vomit.
Postado por patricia às 09:16 0 comentários
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
hope.
God,what a horrible week!I spend the last for days just waiting for something to make sense,or to feel real.Lookin' for a tiny bit of reality,for something relatable,familiar,that I can find out how it turns out just by lookin' at it.No surprises.
Postado por patricia às 15:43 0 comentários
domingo, 9 de agosto de 2009
this side of heaven,this close to hell
Não tenho nem palavras para descrever o quando é bom voltar às aulas.Por mais que minhas férias tenham sido maravilhosas e que eu já sinta falta de uma pessoinha ou outra,para mim,é de uma paz infinita voltar a ler os meus textos e ter um milhão de compromissos,embora eu saiba que isso é um tanto contraditório.
A verdade é que eu sempre fui bastante ambígua.Paz para mim pode ser desde ler um livro,até ter dez milhões de coisas para fazer sem um pingo de tempo.
Acho que eu sou o tipo de pessoa,que dependendo do dia,tanto faz pra mim ficar quieta ou trabalhar,já que eu me encaixo tão bem nos dois e sei tirar bom proveito tanto da pressa quanto da tranquilidade.
Minha mãe costumava dizer que qualquer lugar é bom para mim,contanto que eu esteja aprendendo algo novo e exibindo minha sabedoria(sendo essa última parte uma meia verdade,rs)
De qualquer forma,eu me sinto a vontade com mil responsabilidades,dá uma sensação de dever cumprido e ajuda um pouco a controlar as minhas manias,que é algo que eu venho tentando há algum tempo.
Se eu tivesse que me descrever em uma palavra,seria 'impulsiva'.No sentido mais amplo que você puder imaginar,do tipo que fala o que não deve e sempre faz o que quer,por mais que as consequências não sejam agradáveis.
Em outras palavras,eu nunca tive o que as pessoas chamam de 'meio-termo'.Eu sempre fui 8 ou 80.Ou eu estudo demais ou não estudo nada,faço tudo de uma vez ou coisa nenhuma,bebo muito ou acabo não bebendo...Eu nunca achei a minha balança,eu nunca achei o meu limite ou àquela vozinha na minha cabeça dizendo 'pára','já chega'.Eu estou sepre a 120 por hora e sem destino algum.
Talvez por sempre ter sido a criança mimada,que sempre tem o que quer quando bem entende e em certo ponto,acaba saindo dos trilhos.
Eu acho que perdi e encontrei o meu caminho pelo o menos umas dez vezes só esse ano.O que é meio difícil de acreditar,quando eu aparento ser uma pessoa tão certinha e organizada,com tudo sempre no lugar.
E isso foi verdade por muito tempo,eu gostava de ter as coisas sob controle até perder o controle de vez.Para mim algo só valia à pena se eu tivesse total domínio,se eu soubesse o final desde o início.
É inútil dizer que eu quebrei a cara inúmeras vezes,especialmente levando em conta o quanto é difícil as coisas saírem como planejadas.
É engraçado como a gente de vez em quando acredita tando em uma mentira,que para nós ela acaba se tornando verdade.Eu sempre achei que tudo ía dar certo se eu me esforçasse o suficiente,se eu depositasse toda a minha energia,tudo que eu tinha em algo,mas no final das contas,às vezes o nosso melhor não é o suficiente.
E quando tudo deu errado e tudo que eu acreditava desapareceu,eu meio que perdi o meu rumo.
E eu venho oscilando até hoje.Tentando demaise em certos dias,me acomodando em outros,tentando achar a tal balança.
Enquanto eu não consigo,só me resta seguir em frente.
Postado por patricia às 06:05 0 comentários
quarta-feira, 22 de julho de 2009
escolhas.
All done.Fiz minha matrícula,escolhi as minhas cadeiras,comprei o material escolar,e sinceramente,não sei o que sentir,ou que esperar.
Não sei se fiz a escolha certa,não sei se vou me acostumar com a faculdade nova,mas foi uma escolha feita por mim,o poder de decisão estava todo em minhas mãos,mesmo que eu não saiba se estou fazendo a escolha certa.
É difícil para mim sair da minha zona de conforto,especialmente quando eu já estava tão acostumada com tudo a minha volta,o meu dia-a-dia...mas tem males que vem para o bem,e eu já sabia há algum tempo que precisava de uma mudança,de deixar certas coisas para trás e sei lá,me livrar desse idéia de que eu não consigo conviver com coisas novas,ou mudanças bruscas,porque de vez em quando,a vida não nos deixa mesmo escolhas.
E eu não estou falando em acabar o Ensino Médio ou mudar de faculdade,mas de coisas bem maiores,que não permitem que a gente pare,pense e tome a decisão mais apropriada.
Eu acho que muito da vida,eu aprendi nesses últimos dois anos e que eu não posso culpar os meus pais por terem me protegido demais,mas a mim mesma por nunca ter querido enchergar ao meu redor.É fácil fechar os olhos para o mundo e se apegar a outra realidade.Muitas vezes eu pensei que se eu esquecesse que um problema existia,ele ía desaparecer misteriosamente,ou que as respostas da prova íam cair do céu,ou que tudo ía se resolver sem que eu precisasse mover uma palha.
No final das contas,talvez eu tenha demorado demais para crescer.Talvez isso explique o meu egoísmo,ou a minha mania de achar que eu vou ter tudo que quero na hora que eu bem entendo.Talvez se deva à isso as minhas inúmeras mudanças de colégio,ou minha insegurança,ou o meu desespero por atenção...Eu sei que muito disso pode ser atribuído a maneira como eu fui criada,ao fato dos meus pais terem me feito acreditar que eu era o centro do universo,mas eu poderia ter feito diferente se eu quisesse,ter mantido os meus pés no chão todo esse tempo.
Mas acho que a gente aprende da maneira que se deve aprender.A gente perde e acha o nosso rumo,fazemos as escolhas erradas,consertamos nossos erros e parece a coisa mais normal do mundo durante esse processo todo,especialmente para quem ta vendo de fora.
Eu não tenho a conclusão perfeita para esse post,assim como eu não tenho a conclusão para inúmeros outros fatos ou escolhas que eu fiz.Como sempre,a gente somente espera que acabe tudo bem:)
Postado por patricia às 14:49 0 comentários
segunda-feira, 20 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
detalhes.
Confesso que não estava esperando muita coisa dessas férias,mas até agora,tudo tem sido maravilhosamente surpreendente,pieguices à parte.
Sei lá,acho que as coisas simplesmente param de fazer sentido quando você esquece o que realmente é importante,e é duro admitir,mas acho que passei os últimos meses preocupada com provas da faculdade,a roupa da festa de sábado,meu cabelo e outras milhares de atividades extra curriculares.
Há muito tempo,eu não sabia o que era um tempo de qualidade com as minhas duas melhores amigas.Qualidade de verdade,como comer bem casados que a Carol roubou de um casamento e ver vídeos da Disney juntas.E fazer planos,falar do futuro,voltar a ter os nossos sonhos em comum,um caminho que a gente possa seguir juntas.
E as risadas também,as horas e horas que a gente passa falando bobagem,engordando,escutando os gritos da Carol durante um filme de terror e adormecer no sofá da Gabi(que diga-se de passagem,é o sofá mais confortável do mundo),aquela confusão de membros e cabelos e almofadas...
É ir a um salão de beleza com elas e falar da vida alheia(porque nós também temos nossos momentos 'mulherzinha'),ver sites e sites que vendem maquiagem e ficar idignada quando a Carol fala que os vestidos da Betsey Johnson não são nada demais e que os sapatos da Arezzo são uma porcaria.
É se esbaldar de dançar com a Gabi em aniversários,e nos espalhar em um divã da sala de alguém que a gente nem conhece.É andar a pé de madrugada,em pleno Dunas,morrendo de medo(e morrendo de rir também).É ter uma crise com elas dentro do carro,ouvindo a Carol recitar um dos poemas dela(à la Augusto dos Anjos) e cantar Rei Leão na fila do cinema.
São todos esses detalhes e peculiaridades que as fazem únicas e igualmente importantes,fundamentais na minha vida,necessárias na minhas vitórias e nas minhas quedas.É nelas que eu confio completamente,sem restrições,sem medos,sabendo aonde quer que eu esteja,se eu estiver com elas,eu estou feliz.
E eu queria terminar contando um conto:
Era uma vez,duas garotas que faziam de tudo juntas.Desde programas de índio a melhor das festas e nunca se sentiam tristes ou entediadas na companhia uma da outra.
P. sempre foi a vaidosa,mimada e completamente apropriada.G. era a mais bondosa,pura e autêntica,mas as duas se completavam desde muitos e muitos anos.
Um dia desses P. e G. estavam em uma festa,quando algo aconteceu lá fora e todos os convidados correram para um muro na parte alta da casa para olhar.P.,sabendo que G. também era impossivelmente distraída,sentiu a ansiedade e o medo quando viu que G. ía apoiar as mãos na cerca elétrica.Felizmente ela conseguiu impedir.
foi assim que eu descobri que não conseguiria viver sem você.
Postado por patricia às 06:08 0 comentários
domingo, 21 de junho de 2009
my sunshine and my dark.
Céus,que semana difícil!Provas,problemas,minha mãe viajando...mas já passou e eu finalmente estou de férias.
É meio assustador pensar que próximo semestre a minha vida vai mudar completamente outra vez.Que eu vou ter que me desfazer de certas coisas para ganhar outras em retorno.
E pela primeira vem em muito tempo,eu não estou preocupada,apenas ansiosa.Talvez há dois,ou até um mês atrás eu teria ficado com medo,desistido no meio do caminho,me apegado ao que me era confortável,mas agora eu sei que estou pronta,e eu quero estar.
Eu quero as mudanças,eu quero essa vida nova que elas tem a me oferecer,eu quero um nova começo e uma nova chance.
Eu aprendi muita coisa sozinha nesses últimos seis meses.Coisas que a escola,ou os nossos familiares nunca nos ensinaram.
As pessoas te ensinam a não falar com estranhos,não colocar seu endereço na internet,a não dirigir embriagado e até princípios básicos de primeiros socorros,mas elas nunca te ensinam a lidar com as consequências disso tudo.Elas nunca te disseram o que fazer quando as pessoas te decepcionam ou quando você se agarra casualmente com um estranho no cinema,e no final das contas ele não queria nada mais do que aquilo.Eles não te ensinam a lidar com corações partidos,dores emocionais,eles nunca te disseram o que fazer quando você se ver presa em um problema sem solução,ou como levantar da cama em dias que você só quer adormecer por horas e horas...
A verdade é que eu não se tenho a resposta para tudo isso,mas depois que passa,você de certa forma se torna mais resistente.Não tem uma fórmula para emendar corações,passar por cima de mágoas,perdoar os erros alheios e aceitar os seus...essas coisas a gente simplesmente aprende com o tempo,vivendo.
Se eu dissesse que foi bom passar por tudo que eu passei eu estaria mentindo.Talvez se eu pudesse escolher,eu escolheria não ter passado,ter continuado a ser o que eu era três,quatro anos atrás,quando as pessoas ainda podiam resolver os meus problemas por mim.
Mas por outro lado,foi válido o sofrimento,sempre é.Todo mundo é obrigado a sentir essas dores,é quase parte do nosso metabolismo.
Mas a gente passa por elas.Talvez não da melhor maneira possível,talvez não do jeito certo ou da maneira convencional,mas da mesma forma que elas vieram,elas vão embora...
Eu cheguei a conclusão que a vida não foi feita pra ser fácil,que quando um problema vai embora,outro surge e assim por diante,mas que por bem o por mal,a gente acaba aprendendo a lidar com eles,e a continuar.
E isso é tudo que eu posso pedir.
Postado por patricia às 05:26 1 comentários
sábado, 30 de maio de 2009
trouble
Eu oficialmente desprezo meu pai.
E a parte triste é que eu nem sem quando eu passei a me sentir assim.
Acho que em algum ponto eu percebi que ele não era o que ele precisava ser,e que não importa o quanto eu o perdooe ou tente apagar o passado,ele continua me magoando de novas formas,de algum outro jeito que fez com que eu parasse de acreditar que ele tem jeito.
Quando eu era criança,acho que gostava mais dele do que da minha mãe.Quer dizer,ele nunca reclamava,me levava para o Mc Donalds dia de domingo e me trazia um presente toda semana.Enquanto a minha mãe,fazia o que tinha de ser feito.Se certificar de que minhas tarefas estivessem em dias,me lembrar a hora de tomar banho,me vestir apropriadamente.Talvez eu deva culpá-la por ser tão controladora,querer que tudo aconteça como eu planejo.
Eu nem sei se algum dia eu tive a chance de ser uma criança de verdade.Eu sempre tive tanta coisa com que me preocupar,incluindo o casamento dos meus pais,que estava sempre beirando o caos,mas as melhores lembranças que eu tenho,até os meus 6 ou 7 anos de idade,foram proporcionadas por ele.
As nossas caminhadas na praia,os domingos no shopping,as vezes que ele me carregava nos braços porque eu sempre voltava dormindo das festinhas...Tudo isso faz com que eu me pergunte como os papéis se inverteram.Quando eu passei a amar a minha mãe tão desesperadamente a ponto de depender dela para quase tudo.
Hoje eu sei que eu sempre a amei mais,e que aqueles dias com o meu pai,para ele,não passou de um mero passa tempo.Ele não tinha que me dar ordens,que cuidar de mim quando eu adoecia,de ensinar o meu dever de casa,tudo o que ele tinha de fazer era me dar dinheiro o suficiente para que aquelas saídas no final de semana ficassem cada vez mais escassas.
De algum jeito,eu queria poder tirá-lo da minha vida,mas todas as vezes que eu tento,um fotografia aparece ou uma memória ressurge,e como sempre,eu me vejo presa a ela.
Talvez porque eu saiba que se eu me afastar por muito tempo,eu corro o risco de perdê-lo de vista pra sempre.
Postado por patricia às 14:44 0 comentários
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Fim de tarde.
Tudo em ordem,como sempre.As almofadas na cama,meus livros,minhas bonequinhas chinesas,as borboletas na minha parede,meu caderno de veludo.Meus bibelôzinhos dourados,minhas caixinhas com estampa oriental,as cortinas brancas,os chaveirinhos pendurados na porta do guarda-roupa e os sapatos jogados no chão.
Tudo é completamente plano,às claras.Tudo por fora,pelo o menos.Sobre os armários e gavetas,não posso dizer a mesma coisa.
Um infinito de papéis jogados,cartões de aniverário,recadinhos,provas,fotografias,até o um aparelho de DVD quebrado.
Segredos,dias em que eu quis voar e dias em que eu quis sumir.
Lembranças.Saudades da minha infância,saudades de gente que eu não vejo mais,saudades do portão do colégio e dos corredores.
CD's das Spicy Girls e Backstreet boys,Barbie primavera,maquiagem vencida,frascos vazios,pulseiras quebradas.
Planos.Planos para o futuro,planos para agora,para depois.Um milhão de sonhos,dezenove primaveras,verões,outonos e invernos.
Tardes na piscina,tardes na Dom Luís,tardes com a Gabi.Tardes beijando loucamente em um sala de cinema escura.Tardes passadas sentada na minha escrivaninha vendo os navios atracando no Porto.
Noites em claro,noites escuras.Noites inesquecíveis,noites perdidas.Noites apaixonadas,noites aflitas,noites infames,noites insignificantes,esquecíveis.
Sonhos.Realizados.Perdidos.Constantes.
Sonhos que eu invento,sonhos que eu persigo.Papel machê,purpurina,bobagens,extremamente importantes.Irrelevantes.
Verdadeiros.
Presilhas,lápis de cor,bala de canela,livros,CDs,revistas,filmes que eu nunca vi,caixas,recortes,trabalhos,velas brancas,pérolas,laços,verde água,caixinha de música,roupas,sapatos,Princess by Vera Wang,Dior Kiss.Latinhas de coca-cola,celular,gatinho dourado com olhos de strass.My Little Pony,caixas brancas,computador,TV,outros eletro domésticos,cartas,beijos,pétalas de rosas,porta retrato,um milhão de sapatos,roupas velhas,roupas novas,vestido preto maravilhoso,agenda,notas de 10 reais,esmalte vermelho,mouse pad fodido,bons modos,maus modos,óculos escuros.
Por do sol,chuva,Gossip Girl,um milhão de sorrisos,algumas lágrimas,lembranças que eu não faço questão de lembrar,gigoletes(não podem faltar),canetas com brilho,twitter,trabalhos,Trio,Aturgil,chão firo,elefantinho da Índia,pulseira Tiffany,lingerie sexy,paciência pouca.
Muita auto-estima,pouca determinação.Grandes feitos,falhas,alegrias,convites.
19 chances de consertar os erros.19 chances de errar tudo de novo.
Ainda valeria a pena
Postado por patricia às 12:49 0 comentários
domingo, 10 de maio de 2009
safe.
Eu tive o melhor final de todos os tempos.
Saí com a Carol e a Gabi ontem,assisti Wolwerine,ri horrores,fiz compras,andei de mãos dadas com as minhas amigas...engordei também,óbvio,e fiz as duas desistirem da dieta da banana:D
Fazia algum tempo que não saíamos as três juntas,rindo por qualquer coisa,sentindo toda aquela proximidade,toda a força que elas me transmitem,e acima de tudo,esquecendo que a professora de segunda é um pé no saco,que por aí,pelo mundo afora,tem gripe suína,tiroteio e terremoto,e que nada disso importa muita quando eu estou com elas.
Hoje passei o dia com a minha mãe,óbvio.Aquele típico almoço de família,só que dessa vez sem os familiares chatos.
Foi tão bom sentir a dinâmica,as brincadeiras dos meus irmãos,meus primos que eu amo tanto,meu sobrinho preferido e os nossos papos sobre Harry Potter(o abraço mais gostoso do mundo também é o dele),a minha mãe matando todo mundo de comer e o monte de comida que sempre sobra.As conversas que eu tenho com a minha mãe depois que todo mundo vai embora,deitada na minha cama,meu pai meio bêbado...
Isso tudo me passa tanta segunrança,tanta calma,e a certeza de um amor absurdo,que não tem começo e nem fim.
São em dias como esses,que a gente deseja que nunca acabem que eu me dou conta do que vale a pena.Que não importa o problema,a situação,eles vão estar comigo.E que mesmo em meio a esse caos,a essa pressa e aos dias em que eu tenho que me lembrar de respirar,ainda existe esperança.
Postado por patricia às 14:18 0 comentários
sábado, 25 de abril de 2009
everything.
Passei o feriado de terça-feira com as meninas.Aquele tipo de programa que só amigas de longa data conseguem te convencer a fazer:engordar,assistir um filme de terror estúpido e tirar fotos mais estúpidas ainda:x
Eu acho que só assim eu me dei conta de o quanto eu senti falta de tudo isso.De passar uma tarde inteira sem fazer nada e rindo até a barriga doer.Conversando,cantando,mexendo no guarda-roupa uma da outra...
Eu andava tão distraída com problemas na faculdade,problemas na vida amorosa e com o dia-a-dia em geral,que quase esqueci como é bom ter elas sempre por perto,prontas para ajudar.Para me contar os últimos bafões e me fazer esquecer qualquer outra coisa.
Acho que isso é o que é tão bom sobre o meu grupo de amigas.Que apesar das desavenças,das inevitáveis brigas e intrigas,dos defeitinhos,que de vez em quando eu esqueço de perdoar,elas ainda são o melhor remédio para a minha tristeza ou o meu tédio.É pra elas que eu corro quando preciso de conselhos fashion ou um ombro para chorar.Ou apenas de um abraço,ou um 'vai ficar tudo bem'.
E principalmente,é bem ter a segurança de que mesmo que nós tenhamos dito e feito coisas que gostaríamos de voltar atrás,nos magoado de inúmeras maneiras,que apesar das semanas sem se falar e das traiçõezinhas,a gente consegue esquecer tudo isso nos momentos de dificuldades.
Eu tenho me prometido muita coisa nesses últimos meses.Me dedicar mais aos estudos,decidir isso,decidir aquilo,fazer mais uma faculdade e talvez,eu tenha esquecido um pouco que existem coisas mais importantes do que o meu currículo,minha vida acadêmica,meus planos para o futuro.
Eu acabei esquecendo o quanto é bom ir a uma festa com as minhas amigas,ou andar na Dom Luís,ver um filme com elas,falar que o penteado da outra parece ter sido feito pela empregada e por aí vai.
E por mais que eu passe uns dias sem dar a devida atenção à elas,esqueça de retornar telefonemas(e livros),e esteja sempre sem saco para sair,eu não as esqueço.Não as esqueceria nem se quisesse!
Afinal de contas,como se faz isso,depois de tanto tempo compartilhando tudo?Como se quebra um laço desses?
Um dos meus maiores medos durante a pré-adolescência era que a gente crescesse e eventualmente,nos separássemos.De certa forma,a gente está mais distante.As responsabilidades aumentara,os problemas também.Tem namorados,faculdades,a festa de sábado...um mundo inteiro de 'acontecimentos',e você tem que dar conta de tudo.É meio complicado ter tempo para os amigos desse jeito.Atender todos os telefonemas,responder todos os e-mails,recadinhos no orkut...mas é aquela velha história,aquele famoso clichê do perto mesmo quando se está longe,e acho que é assim com a gente,de uma forma ou de outra nós estamos sempre conectadas,seja lembrando de uma coisinha aqui,de uma idiotisse acolá,nos reunindo em 15 anos de irmãs mais novas ou em feriados nublados.Ou simplesmente batendo na minha porte e me lembrando que eu sou bem mais feliz com elas (:
Postado por patricia às 10:41 0 comentários
domingo, 19 de abril de 2009
finalmente.
Domingo tranquilo:)
Tirando o fato de ter almoçado fora com os meus pais ontem,eu fiz basicamente nada esse final de semana.
Mas de qualquer modo,foi bom ter ficado em casa.Tinha muito em que pensar,um bocado de coisas para resolver e levando em consideração que estava com a cabeça lotada durante essa semana inteira,foi bom finalmente,voltar a respirar aliviada.
Eu tenho que me dedicar mais aos meus estudos,foi uma das coisas que eu concluí.Ando meio relaxada ultimamente,minhas notas estão medíocres e eu tenho atrapalhado a aula como uma pré-adolescente,algo que eu realmente não me orgulho.
Talvez eu simplesmente esteja meio de saco cheio de estudar esse semestre,eu tento voltar ao que eu era antes e sinto uma certa dificuldade,mas eu to decidida a me esforçar,assim que eu pegar o rítmo novamente,eu consigo me virar até o final do semestre e melhorar as minhas notas.E sei lá,é como se finalmente eu tivesse motivação agora,por estranho que possa parecer.
Outra coisa que eu considerei foi terminar com o meu namorado.
Minhas amigas provavelmente vão me matar se isso chegar a acontecer,mas eu acho que não vale à pena continuar em um relacionamento,se eu nem mesmo tenho certeza se gosto dele.
Além disso,eu acho que eu estou confusa demais para continuar envolvida com alguém.Talvez eu esteja apenas procurando motivos para terminar ou tentando me convencer de que estou fazendo a coisa certa,mas eu sinto como se eu não conseguisse dar continuidade nem aos compromissos que eu já assumi,imagine assumir mais um,estabelecer novos laços e ir em frente com isso.
Agora,tudo o que eu quero fazer é pensar no presente,tentar corrigir o que eu fiz de errado,e garotos não estão incluídos nos meus planos.
Pode parecer contraditório,mas eu sei aonde eu estou pisando.Por mais confusa que eu esteja,eu me conheço bem,eu sei o que eu quero para mim,aonde eu quero chegar.
E nesse momento,eu quero tentar melhorar minhas notas e prestar mais atenção nas minhas aulas,não me agarrar no cinema com garotos que mordem os meus lábios.
Eu quero ficar sozinha e voltar a entregar os meus exercícios em dia,ler os meus textos,tirar 9 e 10 nas minhas provas e trabalhos,limpar minha imagem com os professores e receber algum reconhecimento por isso.
E sinceramente,eu estou feliz por ter tomado um decisão.De alguma forma,eu me sinto aliviada,como se isso fosse algo que eu precisasse fazer há muito tempo e...não sei,talvez faltasse coragem.
Postado por patricia às 13:13 0 comentários
quinta-feira, 16 de abril de 2009
faith
Comecei o dia não tão bem.
Quer dizer,acho que fiz um bom Release(e em tempo récorde),mas acabei estragando tudo na segunda aula.
Bom,acho que é de se supor que uma universitária já saiba que conversas paralelas atrapalham a aula.Ok,eu não estava conversando durante a aula,mas durante um trabalho que eu já havia terminado,mas eu como uma boa egoísta ignorei meus coleguinhas que estavam concentrados e acabei levando uma merecida bronca da professora de Assessoria de Imprensa.
É inúltil dizer que eu morri de vergonha.Especialmente com os problemas que eu tenho para conter minha timidez.Passei o resto da aula inteira de cabeça baixa e não tive nem coragem de dar 'tchau' na saída,quanto mais de me desculpar de uma forma descente,que era o que eu pretendia fazer.
Talvez o meu problema seja ter um conhecimento limitado demais da vida ao meu redor.Eu sempre tive tudo o que eu queria,na hora que eu queria e é como se o meu sub-consciênte tomasse isso como desculpa o tempo inteiro.
Sempre tive minha mãe para segurar minha barra,resolver as coisas que eu tinha de resolver,meu pai para me deixar e me pegar no colégio sempre no horário certinho,roupas e sapatos caros,livros,compras em dólar...acho que meu aprendizado se restringiu a isso.Ao que está nos livros,as compras e viagens,ao meu certificado de Cambridge,e outras coisinhas pequenas que eu aprendi sozinha,mas que eu tenho plena consciência de que não chegam nem perto da vida de verdade,do que eu vou ter que enfrentar lá fora.
De certa forma,eu também acho que me fechei muito,que me contento com pouco,que de vez em quando,eu mesma não me permito quebrar certas barreiras.
E a mesma coisa acontece com o que eu sinto,com certas emoções que eu tenho.
Eu acho que eu passei muito tempo procurando não me envolver com ninguém amorosamente.Eu não sei porque,eu sabia que estava pronta,mas eu simplesmente não queria...proximidade.Eu ergui esse muro entre mim e as outras pessoas que tornou meio complicado para um garoto me conhecer de verdade.
E aqui estou eu,finalmente namorando.E eu tenho que dizer,nada mudou muito,não.Eu ainda tenho as minhas milhares de dúvidas e a mesma dificuldade de confiar,de deixar que ele,de algum jeito,me decifre e entenda quem eu sou,o que eu quero.
Eu não gosto dele como deveria gostar,essa é a verdade nua e crua.E eu sei o porque.
Eu não gosto dele porque é fácil ser namorada dele.Sem drama,sem choro,nenhuma briga.
E eu,por minha vez,sempre gostei das complicações,de meninos que se incomodam com os meus defeitos,que são poucos compreensíveis,mais fácil de serem detestados,mais fácil de dar um fora.
Eu não gosto do meu namorado porque ele me entende com facilidade,tem um abraço quentinho,aconchegante,porque ele diz que me ama sempre que ele tem oportunidade.Eu não gosto dele porque o nosso namoro é confortável e eu tenho medo de me envolver.
Às vezes,eu tenho medo de morrer sozinha,de nunca conseguir me relacionar com alguém,nunca permitir que alguém se aproxime o suficiente.
Eu acho que eu tenho medo demais do fim.Por isso que eu gosto de assistir filmes repetidas vezes,olhar finais de livro,ler spoilers...Porque dessa forma,eu sempre tenho certeza de como acaba.
Quanto à Semana Santa,minha família não tem jeito:x
Postado por patricia às 07:10 0 comentários
quarta-feira, 8 de abril de 2009
sowhat?
Lá me vou,mais uma vez,para a fazenda do papai:x
Eu sei,no meu lugar você estaria feliz em ter um refúgio para passar a Semana Santa longe dos barulhos da cidade grande,e tudo e tal,mas não é o meu caso.Sorry.
Dessa vez,pode-se dizer que o problema maior não é nem ficar distante da civilização.Afinal de contas, eu posso lidar com isso com um i-pod,bons livros e bons filmes.E o trabalho de Filosofia para preparar,lógico.
O meu problema maior,sinto muito dizer,são as pessoas com as quais eu terei que conviver durante os tais quatro dias:T
Eu queria realmente dizer que sou próxima de toda a minha família,que gosto de cada um igualmente e não guardo mágoas.De fato,tem uns poucos e bons que eu desejo tudo de melhor e que eu sei que me entendem e torcem por mim,já outros,eu acho que prefiro ignorar.Embora vez e outra,seja meio complicado.
Eu sempre fui facilmente julgada por alguns de meus familiares.Sei lá,pode soar clichê,mas acho que eles me vêem de uma forma tão superficial.Como se eu não tivesse ideais,objetivos na vida,quando na verdade eu tenho bem mais do que eles,ou os seus filhos,ou seus sobrinhos.
A verdade é que eu sempre odiei ser julgada.Passei minha vida inteira tentando fugir da imagem de filhinha de papai que certas pessoas têm de mim,sempre tentando me esconder por um motivo ou por outro,tentando me introsar com aquela prima da minha idade e daí por diante.
Eu não gosto de comédias adolescêntes,nem de Babado Novo.Eu odeio carnaval e não sou muito chegada a chocolate.Também não gosto de ir 'para a night' e 'cair na balada'.Também não sou católica e não vejo muita graça nos livros da Meg Cabot.
E de certa forma,apesar de não sair para todos os points super quentes da cidade,de não ter mil amigos no orkut e não ser tão popular na faculdade,eu sinto que o meu universo é tão mais abrangente do que o dessas pessoas.
Quer dizer,eu me sinto tão feliz escrevendo,lendo,assistindo ao um bom filme.Me sinto tão bem escutando uma boa música ou tendo uma conversa interessante em uma mesinha da Montmartre.Ou simplesmente aprendendo com as coisas da vida,com o dia a dia,com o que meus pais tem a me ensinar,os meus amigos tem a me ensinar.
Me parece tão mais promissor olhar para vida assim,como se tudo ao redor,todos esses acontecimentos e essas vidas se entrelaçando fossem parte de uma escola,e que eu estou apenas começando!
Postado por patricia às 11:38 0 comentários
segunda-feira, 6 de abril de 2009
-
her hair is harlowe gold
her lips sweet surprise
her hands are never cold
she's got bette davis eyes
she'll turn her music on you
so you won't have to think twice
she's pure as new york snow
she's got bette davis eyes
and she'll tease you
she'll unease you
all the better just to please you
she's precocious and she knows just
what it takes to make a pro blush
she's got greta garbo stand off sighs
she's got bette davis eyes
she'll let you take her home
it whets her appetite
she'll lay you on her throne
she's got Bette Davis eyes
she'll take a tumble on you
roll you like you were dice
until you come out blue
she's got Bette Davis eyes
she'll expose you, when she snows you
off your feet with the crumbs she throws you
she's ferocious and she knows just
what it takes to make a pro blush
all the boys think she's a spy
she's got bette davis eyes
and she'll tease you
she'll unease you
all the better just to please ya
she's precocious, and she knows just
what it takes to make a pro blush
all the boys think she's a spy
she's got bette davis eyes
she'll tease you
she'll unease you
just to please ya
she's got bette davis eyes
she'll expose you, when she snows you
she knows ya
she's got bette davis eyes
Postado por patricia às 14:45 0 comentários
sábado, 4 de abril de 2009
my heart races for self control.
Eu não entendo por que eu reclamo tanto,às vezes.É difícil para os outros entender por que alguém que tem praticamente tudo,vive constantemente querendo mais.Nem eu entendo,de vez em quando,para ser franca.
Eu acho que passei a vida inteira ganhando tudo de graça,vendo as coisas caindo no meu colo impropositalmente,quando eu queria aprender a lutar por elas.E sendo sincera,eu acho que nunca aprendi.Ou talvez tenha aprendido,mas da forma errada.
Acho que a maioria das pessoas não consegue entender como eu posso ser duas pessoas ao mesmo tempo.Como eu posso me concentrar lendo um bom livro,mas não consigo passar dez segundos deitada na minha cama,pensando na vida.Ou como eu posso passar horas e horas assistindo uma aula,se ela me interessar,e não consigo almoçar sozinha,a não ser que eu esteja fazendo outra coisa ao mesmo tempo.
Muita gente não entende como eu posso ser tão relaxada e ao mesmo tempo estar sempre em movimento.Ou às vezes,detestar escutar o que as pessoas tem a me dizer e não conseguir viver sem música.
A verdade é que eu seu meio irrequieta,meio agitada,ou melhor ainda,eu sou extremamente impulsiva.Eu faço o que quero,e às vezes me arrependo.
Eu gosto de provar certos venenos só para ver o estrago depois.
Eu gosto da sensação,da adrenalina,do ritmo acelerado.Faz com que eu me sinta mais viva de alguma forma,como se as outras pessoas fossem meras marionetes e eu tivesse o mundo inteiro nas mãos.
Eu sempre gostei de correr,quando eu tinha uns 6 ou 7 anos eu corria com o meu pai na praia quase todos os dias e,até hoje,continua sendo para mim,uma das melhores sensações do mundo.Pelo simples fato do movimento contínuo,do vendo batendo no rosto e nada mais.Você esquece do mundo,das pessoas.É como se você fosse invencível e nada fosse capaz de te alcançar.
"Ela é inquieta num grau maior que a maioria. Ela corre a 200 por hora, enquanto muitos estão felizes dentro do limite de velocidade. E, quando todo mundo pensa que ela sossegou e está feliz com o que tem, lá vem ela, mudando os planos, se jogando em alguma novidade e mostrando para os outros que, sem essa inquietitude ela não sabe viver."
Postado por patricia às 05:56 0 comentários
terça-feira, 24 de março de 2009
I'm a sucker for happy endings.
Agora que as coisas finalmente se acalmaram,os motivos da minha 'crise' meio que ficaram mais claros.Perguntas foram respondidas,algumas lacunas preenchidas e eu estou finalmente apta a recomeçar minha vida.
De certa forma,ou talvez de todas as formas possíveis,eu sempre fui meio 'control freak'.Eu gosto de assistir filmes várias vezes,olhar páginas finais de livros,ler spoilers...Resumindo,eu sempre gostei de saber como as coisas acabam,de ter uma certeza sobre o final.E talvez tenha sido exatamente esse o meu problema.Minha vida inteira foi perfeitamente planejada.Eu criava expectativas e quase sempre as coisas aconteciam exatamente como eu esperava.
Daí quando elas começaram a sair do controle eu me senti meio perdida,como se tudo que eu controlei a minha vida inteira não pertencesse mais a mim.
No meu último post,eu lembro de ter falado sobre o quanto eu achava estar pronta para enfrentar certos problemas,e sobre o quanto eu me achava mais forte quando criança,mais corajosa.
Bom,talvez eu tenha mudado de idéia sobre tais afirmações.Ok,eu fui uma criança incrivelmente otimista e madura,e quem sabe naquela época eu lidasse melhor com os meus problemas do que eu lido hoje,mas eu não posso desprezar o fato de que eu passei SIM por essa fase difícil de dois meses atrás e ainda estou aqui.Não exatamente pronta pra outra,mas ainda assim...minha força de vontade tem que contar por alguma coisa,afinal de contas. (:
Eu tenho plena consciência de que eu não sou a melhor pessoa do mundo.Sei também que alguns 'males' eu mesma atraí pra mim e foram só consequências de erros cometidos no passado.
Mas sei lá,acho que eu cansei de tentar agradar todo mundo.Eu não sou simpática,não sou aberta a novas amizades,sou extremamente egoísta e individualista e quem quiser,que lide com isso.
E eu tenho que dizer que depois de tantos anos tentando agir dentro dos 'padrões',é quase um alívio ter chutado o balde.
Não é que eu tenha desistido de viver,ou jogado tudo pro alto.Eu simplesmente parei de planejar,parei de criar expectativas sobre tudo,de ter sempre uma carta na manga,um plano B.
É legal ser previnida,ter sua vidinha toda alí,dentro dos trilhos,mas é legal deixar rolar também.Pelo o menos no momento,é o que me parece certo.Eu vou vivendo um dia de cada vez,tentando não me preocupar com tudo,deixando que as coisas se encaixem por si só.
Tudo bem,confesso que é um pouquinho complicado depois de tantos anos sendo tão 'perfeita',mas a verdade é que talvez a idéia que eu tinha de felicidade há uns anos atrás fosse meio equivocada,especialemente quando eu penso em todo o esforço que me custava para 'manter as aparências',fingir que tava tudo bem.
Ser feliz e tão mais simples do que isso!
A propósito,eu tenho tanto a comemorar,tantas vitoriasinhas acumuladas.Eu tive tanto amor a minha vida inteira,tanta dedicação de tanta gente!E isso já é o suficiente para continuar de pé,juntando esses pedacinhos,essas respostas que me fortalecem,ma fazem uma pessoa inteira,completa.
No final das contas,acho que sou uma obsecada por finais felizes. ;D
'Já vi o fim do mundo várias vezes e na manhã seguinte tava tudo bem"
Postado por patricia às 12:26 0 comentários
quinta-feira, 12 de março de 2009
Eu estava sentindo falta de tranquilidade.
Sei lá,foi tudo tão difícil nos últimos meses e eu senti tanta coisa que é como se eu tivesse vivido uma vida inteira em 60 dias.
É meio assustador olhar para trás e pensar naquilo tudo,mas ao mesmo tempo é reconfortante,me dá uma certeza de que eu estou no lugar certo e que as coisas finalmente se acalmaram.
É estranho pensar também que eu me abalei por tão pouco,especialmente tendo tido a infância que eu tive.O que me faz pensar que eu era bem mais forte quando criança,ou talvez eu simplesmente não entendesse a gravidade de todos os meus problemas de saúde,por isso eles não me atingiam.
A verdade é que de certa forma eu sempre achei que essa época da minha vida tinha me fortalecido e que eu tiraria de letra os problemas menores.
E aqui estou eu,rescém saída de uma das piores fases da minha vida,para a qual eu achava estar preparada e morrendo de medo de arrancar um dente.
De pensar que essa é a mesma menina que tirou o líquor da coluna aos 6 anos e não chorou...
Agora eu sei o que é sair completamente dos trilhos.Logo eu que sempre tive tudo sobre controle.As notas,o status,a minha vida social,emocional...de repente tudo isso foi por água abaixo,me deixando com uma página em branco que eu demorei meses para começar a escrever.
É como se esse período todo fosse um borrão,é exatamente assim que eu enxergo.Nada fazia sentido.Eu não sabia o que fazer,o que sentir,120 km/s as 24h do dia.Meu coração batendo acelerado e mais nada.
Mais uma daquelas fases dolorosas que você passa durante essas transições que a gente faz:T
De repente,depois que a poeira baixou e eu aos poucos eu voltei a me reconhecer,me bateu uma saudade da minha infância.
Da época em que eu não sabia o que eram comprimidos para ansiedade e anti-concepcionais,que apesar de não ser tão saudável,de certa forma eu era mais livre,mais serena.
Eu sinto falta da tranquilidade também.De dormir na cama dos meus pais,brincar de boneca,dançar Spice Girls...Sinto falta de toda aquela sinceridade,da espontaneidade.Da inocência daquela época,quando os nossos pais ainda conseguiam me proteger das decepções,das reviravoltas da vida.
Sinto falta daquele tempinho antes da adolescência,aonde tudo pareciam mais simples,menos trégico.
Acho que na infância tudo é magica e na adolescência tudo é mistério.
É assim que eu enxergo,pelo o menos,é só você largar as barbies e os broblemas começam a aparecer.Seu mundo vira de cabeça pra baixo e você descobre que a vida não é o que você pensou.Nossa primeira deslealdade e era uma vez inocência,infância...Tudo é bagunçado e você coleciona as cicatrizes como se fosse troféus.
Não sei se apagaria isso tudo,se gostaria de esquecer.No final das contas,eu continuo vivendo.
Postado por patricia às 14:07 1 comentários
quarta-feira, 4 de março de 2009
Como eu me imagino há 10 anos.
Foi a dinâmica que o professor de Psicologia fez hoja em sala,e embora eu tenha falado pelos cotovelos sobre os meus planos acadêmicos e mestrado fora do país,a verdade é que eu não tenho idéia.
Lógico,uma coisa ou outra eu imagino.Todo mundo imagina,todo mundo planeja.Eu sei que eu quero adotar uma criança,por exemplo e eu desconfio que provavelmente,eu vou estragar ela exatamente como meus pais me estragaram.
Eu sei que eu quero que os meus pais sejam eternos e que apesar dos avanços da medicina,isso ainda é impossível.Sei também que eles me amam e eu os amo infinitamente,de um jeito que eu não consigo explicar,por mais que a gente nem sempre se entenda.E isso,ninguém apaga.
Sei que não vou ter o mesmo grupo de amigos para sempre.Que com o passar dos anos,nós vamos seguir os nossos caminhos separadamente,mas que uns poucos e bons sempre permanecem e que outros vão aparecer também.Com novas lições e um novo tipo de carinho...
Sei que eu não sei se quero casar,porque simplesmente eu não me imagino o resto da vida com uma mesma pessoa.Ou talvez eu diga isso,porque nunca amei ninguém de verdade.Ou pelo o menos,não o suficiente para envelhecer junto.
Eu sei que quero morar em New York um dia,ter um gato persa e ler Jane Austen em um cafézinho do East Village.Sei também,que vão haver dias em que eu vou ligar para minha mãe chorando de saudade,querendo de volta as nossas tardes no Iguatemi e a comida quentinha.
Sei que a maioria das coisas citadas acima se tornarão realidade,porque eu sempre consigo o que quero e nem me esforço muito para isso.Fazer o que,nasci com a estrelinha da sorte.
Sei que eu não acredito em destino e astrologia e provavelmente nunca vou acreditar.Sei que eu sou meio agnóstica,mas não faço idéia do que vou ser no futuro,quais serão as minhas crenças,o meu credo,ou se eu não vou ter nenhum...
Sei que eu não querer estar 'consciente' o tempo todo.Que de vez em quando,eu vou querer me desligar do mundo e esquecer que existe guerra,assassinos em série e contas a pagar e brincar de Barbie com a minha filha.
Sei também que eu não quero os meus pés firmes no chão o tempo inteiro.Que eu quero sonhar sempre,ter meus objetivos,mesmo que eles nunca se cumpram,apenas pelo simples fato de cultivar esperança,coragem...
Sei que como a maioria das pessoas,eu quero apenas dias de chuva,tardes com amigos,banhos de mar,beijos,abraços,sentimentos que eu nunca senti,lágrimas,de vez em quando,arco-íris,borboletas,um céu azul,sonhos para sonhar...eu quero uma vida que eu vá lembrar daqui a cem anos,sem precisar ter escrito,sem precisar de provas.
Postado por patricia às 12:01 0 comentários
domingo, 1 de março de 2009
-
'God knows you put your life in two a times
And it's both cradled you and crushed
But now it's time to make your own demands
Whoa'
Postado por patricia às 06:23 0 comentários
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Eu não me imagino adulta.
Adulta de verdade,com contas a pagar,filhos,marido,emprego...Olhando assim,parece um futuro tão distante.Mas a gente sabe bem que chega mais depressa do que gostaríamos.
Talvez seja essa a consequencia de não ouvirmos nossos pais e avós,dizendo que o que é bom dura pouco,ter de lidar com as surpresas,com o fim de uma era e o início de outra.
Eu não sei exatamente se eu tenho medo de envelhecer.É tão natural,afinal de contas,você praticamente nem sente o tempo passando e a maioria das pessoas vive muito hoje em dia,e a estimativa de vida só aumenta(resta saber se isso é motivo para celebrar) o.o
Sei lá,eu acho que eu sempre consegui encontrar uma certa glória naquelas frases "Viva rápido,morra jovem" e coisas do tipo.Ou talvez eu simplesmente não consiga juntar tudo isso na minha cabeça.Todos esses estágios de vida pelos quais eu vou ter que passar,todas essas fases.
Para começar,eu fui criada da maneira errada.Eu tive tudo em excesso a minha vida inteira.Amor demais,brinquedos demais,direitos demais.Meus pais raramente me deram 'nãos' e muitas vezes tomaram decisões,resolveram problemas que cabiam a mim.
Isso te dá um senso de segurança meio equivocado.Você tem uma certa consciência de que tem muito ao seu alcance,mas ao mesmo tempo,de vez em quando fica difícil caminhar com os próprios pés,se firmar em um lugar só.
Acho que esse é o motivo pelo o qual eu não me imagino cheia de responsabilidades,fazendo tudo sozinha,porque sinceramente,o meu mundinho se resume a comprimidos,livros,garotos e música.Dramas sem fundamento,programas de tv que eu assisto religiosamente,filmes que eu venero.
Para quem viveu muito tempo em um bolha,o mundo lá fora é complicado.
Mas antes de mim,outras garotas conseguiram se desprender dos pais,das lembranças,da zona de conforto e hoje,estão por aí,conhecendo o mundo,cientes das milhares de tragédias que acontecem todos os dias,encontrando beleza nisso tudo.
De vez em quando,eu gosto de ver albúns antigos da minha família.Fotos da minha avó,da minha mãe,das minhas tias quando crianças.Àquele típico albúm em preto-e-branco,com as marquinhas de mofo,contando inúmeras histórias.E às vezes,eu me pergunto o que aconteceu com elas.Como foi que se tornaram mulheres?Como conseguiram chegar ao outro lado?
Postado por patricia às 05:11 1 comentários
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
a perfect party,one eternal kiss.
Céus,é simplesmente tão assustador pensar na vida!
Ver todas essas histórias se desenrolando na sua frente,essas vidas se entralaçando.Vendo todos esses mudos,esses personagens...uns tão parecidos comigo,outros que não se parecem com ninguém.
E em meio a todas essas reviravoltas,ELE.
E meu Deus,como isso soou clichê!
Eu não faço esse tipo,acreditem.Eu não faço questão de ganhar flores,nem chocolates.Eu odeio bichos de pelúcia e demonstrações públicas de afeto me deixam maluca.
Eu prefiro homens intelectuais e uma garrafa de vinho tinto.Uma lareira,talvez.Há quem diga que eu já nasci com trinta anos.
Eu sempre procurei por alguém capaz de amar meu egoísmo e aceitar minhas pretenções.Que admirasse os meus esforços,o meu certificado de Cambridge,minhas medalhas das olimpíadas de história.Alguém certinho,que tivesse tudo sobre controle,exatamente como eu.
Eu sou do tipo que sempre teve um quarto impecável,notas perfeitas.Do tipo que nunca saía de casa se não fosse perfeitamente produzida.
Eu sempre fui bastante adequada.Eu sempre soube o que falar,o que vestir,o que fazer.Eu sempre tive poder de persuasão também,eu sempre consegui o que queria,e além do mais,eu tinha aquele ar antipático,intocável,que assustava os garotos.
Menos ELE.
O mais engraçado era que ele não chegou de repente.Ele me encarava nos corredores,sussurrava no meu ouvido em festas de 15 anos,segurava meu braço com força,como se eu estivesse prestes a sumir e nunca mais voltar.
Eu resisti por uns meses.Ok,por poucos meses,talvez,no máximo dois.Ficava difícil com aquele ar de bad boy,aquela adrenalina que subia pelo meu corpo quando ele me olhava.
O JP tinha sido o meu príncipe.Ele era meigo,atencioso,cavalheiro.O Víctor era mais forte até no nome,no toque,no jeito dele de me chamar de Docinho.
O JP foi supostamente o homem dos meus sonhos.O Víctor me completou por inteira,cada célula do meu corpo faíscava por ele.O nosso primeiro beijo foi agressivo,desesperado,cheio de desejo,de amor,de medo,mas foi um daqueles momentos únicos em que o passado e o futuro se unem dentro de você.
E até hoje eu não tenho como explicar o que eu sinto por ele,o que ele sente por mim.Mas a verdade é que nossas conversas nunca foram superficiais,casuais,eram sempre profundas e nós brigávamos constantemente.
E quando a gente começou a namorar,eu senti aquele desespero juvenil que eu achei que nunca ía sentir.Eu vou morrer se não o ver hoje a noite.Eu o amo desesperadamente,eu quero mais daqueles bejos.E ele era intenso da mesma forma,às vezes até mais.Fogo com fogo,foi como a Gabi nos definiu certo dia.
Aí ele foi embora.Eu cresci,ele cresceu.Eu tive outros garotos,paquerinhas,ficantes.Ele teve outras meninas,se divertiu fora do país...
De certa forma,eu acho que sempre esperei por ele.Inconscientemente até,querendo e não querendo que aqueles dias voltassem.Querendo sem saber que queria aquela motanha russa de emoções,milhares de informações pulsando dentro da minha cabeça,inúmeros sentimentos novos,se espalhando pelo meu corpo como estrelas explodindo.
Eu acho que incoscientemente,eu me preparei para quando ele chegasse também.Meu corpo,pouco a pouco,se preparou para aqueles olhares demorados,aquele sorrisinho no canto da boca.Para aquele cigarro entre os dedos,aquele All Star sujo.E a verdade é que a gente nunca está preparada o suficiente.
De algum jeito ele voltou mais forte,mais confiante,mais decidido.E a determinação dele me deixa maluca agora.É como se todos aqueles sentimentos tivessem retornado em dobro.Tudo parece duas vezes mais forte,mas intenso,mais assustador também...mas ao mesmo tempo,mais crescido,mais bonito,nenhum de nós dois é mais criança.Acho que nenhum de nós está preocupado com o futuro também.Sobre o quanto isso vai durar,se vai durar...De uma forma ou de outra,nós somos o típico casal inevitável,a gente sempre acaba achando um caminho de volta um para o outro,a maneira antiga de fazer com que tudo pareça novo,promissor,colorido...avalassador.
Postado por patricia às 10:44 2 comentários
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
the seasons have changed...and so have we.
As pessoas mudam.
Quem nunca ouviu essa frase?Quem nunca fez essa afirmação mentalmente diante de um antigo amigo,um ex namorado,um inimigo,quem sabe...Quem nunca disse essa frase à alguém?
Há quem diga que eu mudei mais rápido do que deveria.Que eu deixei de passar por certas fases,ter certas experiências.E há quem diga que não me conhece mais,que eu mudei tanto e com tamanha rapidez que me transformei em uma estranha.
De vez em quando,eu gosto de pensar que mudei de propósito.Que certo dia eu acordei e decidi que não queria ser mais o que eu era e me transformei em outra pessoa.Quem nunca pensou nisso,afinal de contas?Em dar uma repaginada na vida e se renovar?
Mas pensando bem,não foi bem assim.Como quase tudo na vida,aconteceu devagarinho,sem que eu percebesse.Uma coisinha alí,outra acolá,e quando eu olhei para trás,vi o quanto tinha se perdido,o quanto eu tinha deixado para trás e a minúscula fração do que eu era que ainda carrego comigo.
Talvez eu realmente tenha me perdido ao longo da estrada.Talvez eu tenha me achado.Talvez o que você chame de mudar,eu chame de crescer.Ou talvez,as consequencias tenham me obrigado a sair do casulo,me jogando em um mundo que eu ainda não conhecia.
No final das contas,o que eu sei é que valeu a pena.Que certas manias,certos hábitos vão me acompanhar para sempre,pois são eles que me definem,que me lembram que por mais que eu mude,que o mundo mude,certas coisas vão permanecer da mesma forma,sempre.E isso,querendo ou não,passa segurança.Que essas característicazinhas,boas ou más,são o que te lembram do que você é,do seu 'eu' por completo,com todas as complexidades e com toda a simplicidade também.
As decepções sofridas,as inúmeras vezes em que eu quebrei a cara,que eu fui enganada,que eu enganei a mim mesma,foram apenas parte do aprendizado,da minha metamorfose.
Eu acho que a conclusão,é que a vida é assim mesmo.De uma forma ou de outra,tudo tem que ficar uma droga antes de melhorar.Você realmente tinha que chegar a um certo ponto,e perceber que não tinha mais volta para poder seguir em frente.E você segue.Que outra opção lhe resta?Não se pode fugir do passado,muito menos do futuro...
Talvez eu tenha passado por mais do que eu estava preparada para passar,tenha mudado mais do que deveria.Mas ter passado,ter mudado tanto em tão pouco tempo e saber exatamente aonde eu piso,ainda me conhecer o suficiente para saber o que eu quero,para ser ouvida,já é razão o suficiente para comemorar,se querem saber minha opinião.Eu nunca quis uma vida perfeita,uma cabeça cheia de pensamentos intactos,segredos indecifráveis.Por mais que de certa forma,eu seja sim bastante complexa,eu sempre busquei o que há de mais simples.Uma tarde com amigos,um banho de chuva,um filme perfeito,calor humano...Exatamente o que está sempre por perto e pouca gente percebe.Geralmente,a chave para a sua felicidade.
Postado por patricia às 07:03 0 comentários
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
19 de Janeiro de 2009 e eu ainda não fiz nada de últil das minhas férias.
Ok,eu saí um pouco,viajei,conheci gente nova...foi válido de certa forma.Ou teria sido,se as coisas não tivessem desandado tanto nos últimos dias.
Eu acho que é permitido dizer que nos últimos 15 dias eu não fiz nada além de assistir a programação inteira da Warner e da Sony e me empanturrar com Cheetos e Coca-Cola,enquanto eu reclamo da falta do que fazer,como se a culpa não fosse minha por recusar tantos convites ou dar o cano em tanta gente.
Eu não to bem,eu preciso conversar com alguém,falar um pouco,mas eu me afastei de todo mundo.Esse é o meu jeito de lidar com os problemas,eu me tranco no meu mundinho e perco contato com todo o resto,esperando que algo caia do céu,que os problemas desapareçam,até minha mãe bater na porta do quarto,mostrando o que ela achou fazendo a faxina no closet,trazendo de volta as memórias.
Anyways,eu não acho que as memórias sejam o problema.Machuca menos não lembrar,machuca mais?Me deixam feliz,me fazem rir?Isso é relativo,óbvio.Todo mundo gosta de relembrar certas coisas,prefere esquecer outras.Simples.
Sei lá,de repente eu percebi que eu me preocupo com tanta bobagem!Com a cortina,as almofadas da cama,se o meu gigolete combina com a minha roupa...
Outro dia eu estava me arrumando para sair,olhei para os óculos escuros e achei que combinaria perfeitamente com o meu vestido,mas que de qualquer jeito eu não poderia usá-los,porque era à noite e tipo,que idiota usaria óculos de sol à noite?Daí me veio à cabeça "Gabi usaria",porque ela sempre faz o que quer.Então eu lembrei da vez em que paguei dois reais para que ela não fosse ao shopping usando meias de cores diferentes.
Aí me deu saudades.Saudades e uma espécie de culpa por todos os telefonemas e convites dela que eu tenho ignorado ultimamente.Por estar sempre inventando desculpas,colocando outras coisas tão sem importância antes dela.E eu pensei nos meus outros amigos também,nas outras milhões de criaturas que eu tenho ignorado.
Tanta gente passou por tanta coisa essas férias e eu nem para passar um telefonema,escrever um e-mail,perguntar como está,fazer companhia...Eu lembro de que quando eu fiquei de recuperação,eu fiquei incomunicável por um dia inteiro,mas eu não estava chorando nem me descabelando,só meio triste,acho que aquela era a minha idéia de tragédia na época.De qualquer jeito,eu não estava esperando que ninguém aparecesse e me desse os pêsames.Não era como se alguém tivesse morrido,afinal de contas.Recuperação em uma matéria,apenas.Acontece com todo mundo...mas a Gabi apareceu.Apareceu usando aqueles shorts de menino dela e com uma revista de The O.C. para me dar.E ainda conseguiu me fazer rir!
"Achei que ía te encontrar afogada em coca-cola!".E eu fiquei com dor de barriga de tanto rir,como se eu nunca tivesse escutado nada tão engraçado¬¬
Eu já tinha a revista,mas até hoje eu guardo as duas,porque foi tão gentil da parte dela vir aqui e me fazer companhia quando eu precisei.Significou tanto!Quer dizer,geneticamente falando,ela não é família.Não é minha irmã,não é minha prima,não tinha obrigação nenhuma de vir me visitar e me trazer presentes,mas ela o fez mesmo assim,me oferecendo tando,quando eu merecia tão pouco.
Então acho que pensando bem,talvez eu tenha uma meta para o meu ano novo:Prestar um pouquinho mais de atenção nas pessoas que são importantes para mim,que me lembram constantemente que eu não tenho que aguentar tudo sozinha.Que elas vão estar alí,sempre,prontas para ajudar e permanentemente no meu coração.
Postado por patricia às 05:38 1 comentários
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
.
Então,2009.
Eu sei que deveria soar como um grande divisor de águas e tudo e tal,mas no final das contas,é só um outro ano começando.Mais doze meses que de certa forma tentamos planejar e inevitavelmente não conseguimos.
Pessimista,eu sei,mas de uma forma ou de outra,a verdade.
Quando eu penso nos últimos cinco dias,ou eu quero dormir por uma semana ou apelar para o meu lado fútil e fazer compras.Não que esteja sendo horrível,é só que as coisas deixaram de fazer diferença.
Então,eu viajei no final do ano,perdi certas coisas,consegui outras.Senti raiva,medo,felicidade...tanta coisa que fica difícil de definir ao certo.
Só sei que essa não foi uma viagem como as outras,que eu vou gostar de recordar e sentir saudades.Não foi ruim também,mas eu sei que poderia ter aproveitado melhor se tivesse dado um chance as pessoas,ou uma chance a mim mesma.
Eu sempre tentei me convencer de que eu nunca me arrependia das mais minhas decisões,dos erros cometidos,mas hoje em dia eu sei que isso tudo é meio equivocado.
Todo mundo se arrepende de alguma coisa,disse algo que gostaria de retirar,de desfazer.
Eu acredito que culpa é um sentimento que todo mundo sente uma vez ou outra.Não a culpa de um assassino,de um herói de guerra,mas em menores proporções,por uma palavra dita,um lágrima derramada.
Perdão,é algo difícil de ser exercido,segundo as massas,ou os sermões de padres ou whatever.Todo mundo sempre lembra de aconselhar os outros a perdoar aqueles que lhes fizeram mal,a não guardar mágoas,mas ninguém lembra de perdoar a si mesmo primeiro.De assumir os seus erros e sua parcela de culpa e saber superar isso de alguma forma,deixando o passado no passado.Afinal de contas,em cada um de nós existe bondade e maldade,superação e dor,escolha e remorso.Todo mundo guarda mágoas,todo mundo já foi cruel um dia.É a natureza humana,nada mais que isso.
E eu,tendo consciência de que não sou a melhor das criaturas,convivo com isso.Busco esse perdão,aceito,recuso,cometo erros.Perdoo e sou perdoada deixando a vida fechar o seu ciclo.
Sem grandes expectativas,sem pensar demais no futuro,mas com a esperança de que qualquer grande 'tragédia',qualquer erro irreversível,pode ter lá os seus bons frutos.Ou mesmo que não tenha,sempre há um novo começo.
Postado por patricia às 06:01 2 comentários