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segunda-feira, 31 de março de 2008

the truth about forever.

semana difícil essa que passou,estou feliz por ter acabado.
todos esses problemas com os trabalhos e as provas pra estudar,as reuniõs do D.A que eu andei faltando fazem com que eu me sinta a pessoa mais incompetente do mundo:x
Talvez tenha me custado mais do que eu imaginava pra me adaptar a vida de faculdade,talvez eu ainda sinta uma saudade meio que doentia dos meus tempos de 7 de Setembro e só agora me dei conta disso.
Talvez eu só precise de uma tarde de compras com a minha mãe ou passar um dia com as minhas velhas amigas.Talvez eu precise apenas ler um livro que mude a minha vida ou uma conversa franca.Principalmente uma conversa franca...

Amanhã é o aniversário de uma grande amiga minha,a Paulinha.Durante um certo período eu me forcei a acreditar que eu não sentia falta da minha infância com o pessoal do prédio,eu deixei certas coisas acontecerem que fazem com que eu me sinta tão boba hoje em dia!
Pensando bem,eu cheguei a conclusão que eu sinto falta sim.Não só dos filmes que eu e a Gabi assistíamos sozinhas,ou das vezes que nós brincávamos sozinha de boneca.Eu sinto falta dos nossos times de carimba também,dos piqueniques,do esconde-esconde,do polícia e ladrão,das competições de videokê,das corriqueiras briguinhas que nunca duravam mais que algumas horas.Eu sinto falta da inocência daquele tempo,da maneira como as coisas pareciam se resolver com um piscar de olhos,da ausência de responsabilidades,de achar difícil resolver uma expressão numérica.
Sinto falta igualmente dos meus anos de colégio.Não mais dos conturbados anos de Ensino Médio,mas da minha 5ª,6ª e 7ª séries,quando gazear as aulas de Ed.Física era grande coisa pra mim.Tenho saudades de comer pastel de queijo e coca-cola todo santo dia e nunca enjoar,de sair do colégio quando isso era terminante proíbido pra crianças da nossa idade,de morrer de medo da Loira do Banheiro e da brincadeira da Amélia.

E tenham certeza,minha nostalgia vem desse dia levemente chuvoso,chuva me traz lembranças felizes:)



quarta-feira, 26 de março de 2008

so many dreams swinging out of the blue

Dia difícil.
umas coisas na faculdade me deixaram chateada hoje.A apresentação do trabalho não saiu como eu esperava e eu acabei ficando mais triste a respeito da situação toda do que eu deveria.Eu sei que parece bobagem essa lamentação toda por causa de um trabalho,mas é que meio que me pegou de surpresa.Eu achei que seria diferente na faculdade,que eu não deixaria as coisas pra depois como no meu último ano de colégio e agora só eu sei o quanto eu to me sentindo inresponsável ;~
Eu to com tanto medo de não dar conta dos outros trabalhos e provas que estão por vir,de me preparar e ainda assim não valer a pena no final.

Talvez eu pensasse que seria mais fácil esse processo de trasição de escola pra faculdade e eu só esperei as coisas cairem do céu.E é dificil pra mim admitir que eu estou cometendo os mesmos erros,deixando de me preocupar comigo mesma,dando atenção a coisas que não tem tanta importância.
Eu tenho me anulado bastante ultimamente,cedendo com facilidade,deixando as coisas passarem por mim sem que eu tenha qualquer coisa a dizer a respeito.
Eu quebrei tantas barreiras nesses ultimos dias que é difícil acreditar que eu não tenha quebrado essa!

Bom,acho que todo mundo já jovem e burro um dia,fez coisas das quais se arrependeu e cometeu erros imperdoáveis.

terça-feira, 25 de março de 2008

'cause all of the stars are fading away,just try not to worry,you'll see them someday...

ê lê lê,voltei do ERECOM e o que eu pretendia era fazer meio que um diário de viagem aqui,mas não sei bem se terei palavras para descrever.
Começou na segunda à noite,quando minha mãe foi me deixar na Praça da Gentilândia.Eu tava com as mãos suadas e com um bocado de saudades de quem eu estava deixando por aqui.No ônibus foi tranqüilo.Dormi bastante,conversei,cantei com a galera,fiz o Bolinho de arroz virar hit...enfim,tudo como um bom começo de viagem deve ser.
Chegando em Teresina começou a busca por um bar aberto.Bebi minha primeira dose de Tikira(troço ruim)ainda na mística de abertura e simbora pro Fuá.Foi no fuá que eu fiz amizade com a maioria do pessoal,que eu dancei,cantei e gritei,e vivi os momentos mais inesquecíveis do encontro.
Depois veio a discursão sobre a legalização do aborto e das drogas que eu posso dizer com toda a certeza do mundo foi MUITO produtiva e então,finalmente,veio a mística,que como diria o clichê:não se explica,se sente.Na segundo dia de oficina,me peguei chorando no escuro,presa ao abraço quentinho das pessoas que estavam lá comigo.Sentindo as respirações,pulsações,a poeira embaixo dos meus pés,os sons que vinham lá de fora...Eu não consigo explicar na verdade o pq das lágrimas,lágrimas essas que em qualquer outra ocasião teriam me constrangido,mas que naquele momento me fez sentir mais humana,mais amada,mais feliz.É tão estranho aprender a confiar com pessoas que você acabou de conhecer e pensar que algumas delas você pode nem chegar a ver outra vez.E é tão estranho passar a se importar com elas daquele dia em diante...
Aprendi tanto naquelas quatro horas.

O último dia inevitavelmente chegou.Já sem roupas limpas,pouco dinheiro e alguma disposição sobrando eu tentei de tudo pra fazer com que o dia se prolongasse,mas o fim chegou com Oasis-Stop Cryin' your heart out,na chuva,com o All Star melado de lama e a roupa molhada e eu só conseguindo pensar na saudade que eu ía sentir quando tudo tivesse oficialmente acabado e que só me restassem as lembranças dessa Semana "Santa".Lembranças que eu já comecei a guradar com carinho na gavetinha das minhas memórias mais felizes;~

SAUDADE IMENSA JÁ;T


terça-feira, 18 de março de 2008

FREAKIN' OUT!

Nhai:O
MELDELS,será possível que uma pessoa só possa ser tão ansiosa??NERVOSÉRRIMA!
Vou avisando logo que não precisa ler,comentar ou qualquer coisa que se assemelhe nesse post,na verdade eu só to pedindo pra vocês ignorarem esse texto estúpido,obrigada:)

Eis o problema:Viajo as dez na noite pra Teresina e tipo,to tendo trecos aqui.Eu já falei que é a primeira vez que eu estou viajando completamente por minha conta e blá blá blá,enfim isso me deixa pertubada zenti o_o Meu pai ta perturbando o meu juízo como nunca,minha mãe anda super sentimental e tudo mais,Gabi ligou me informando de boas notícias,as aulas passaram em uma fração de segundo,enfim,o meu dia passou tãão rápido que eu acho que nem tive tempo de me preparar psicologicamente pra tudo isso.Não vejo a hora de encontrar as garotas no ponto de partida do ônibus,passar a noite inteira comendo e faldo besteira,bater fotos...Na verdade isso me lembra um pouco(mais uma vez) dos acampamentos do 7 de Setembro,das festinhas a noite e daquele sentimento de liberdade que eu sentia,que bom,não pode ser comparado ao que eu sinto agora.Eu tinha professores e monitores pra tomar conta de mim naquela época,e um alojamento só pra meninas.Agora eu estou por minha conta,com um dormitório misto e...dormidas em um colchão\o/
parece bom,se vcs querem a minha opinião.

É a minha primeira vez no Piauí e eu não estou exatamente ansiosa pra conhecer a cidade,mas acaba sendo sempre bom explorar outros lugares.E eu quero saber como é que é lá,claro.Meu primeiro ERECOM,cara!Eu sou bixo mas tbm sou gente néam,tenho que me divertir nas festinhas que eles dão à noite.Depois de um dia produtivo,obviamente(nunca deixarei de ser nerd,droga)!¬¬
E é isso,eu não tenho mais nada de novo pra falar,embora eu queira desesperadamente continuar escrevendo,mas não tanto quanto eu quero que essas horinhas daqui até lá passem bem rápido^^

beijosmeligueméonovo:*



FREAKIN' OUT!

segunda-feira, 17 de março de 2008

viajante

Viajo amanhã a noite pra Teresina,pro ERECOM,um congresso voltado para os estudantes de comunicação.Estou ansiosa.Mais do que eu imaginei que ficaria,afinal de contas é a primeira vez que eu viajo completamente por minha conta.Sem mãe pra perguntar se eu já comi ou o cartão de crédito do papai em casos de emergência e a verdade é que é bom o sentimento de independência.Não bom no sentido de pq os meus pais não estão por perto eu posso fazer o que me der na telha,mas bom no sentido de estar tomando conta de mim mesma,assumindo responsabilidades,tomando as minhas próprias decisões sem a ajuda de ninguém.É legal ser criança,não ter preocupações,ter aquela rotina certinha da vida de colégio,mas acho que chega uma hora na vida de qualquer pessoa que ela tem de correr certos riscos,expandir os horizontes e isso acarreta um monte de outras coisas também.A medida que você vai crescendo e passando por mudanças,novas responsabilidades vão surgindo,você só tem de escolher a maneira certa de lidar com elas.Não é grande coisa,mas exige maturidade,compromisso e isso nem todo mundo tem.

Me virar sozinha em uma faculdade de outro estado é como se fosse uma outra realidade pra mim e eu estou animada(e curiosa) principalmente a respeito do que eu vou aprender lá,das experiências que eu vou trocar,do pessoal que eu vou conhecer.Eu adoro descobrir coisas que eu não sabia,fazer novos amigos,apesar de ser péssima nesse quesito,além de nada comunicativa e gosto de expor minhas idéias também,sem medo de repressões ou de julgamentos.E isso é o melhor da turma do jornalismo,a falta de preconceito,essa liberdade de expressão realmente libertadora que me faz me sentir em casa e desejar que esse tempo agora,todas as coisas boas que estou vivendo jamais vão embora.

quarta-feira, 12 de março de 2008

anyone else,but you.

Um dia,quando eu devia ter uns seis anos,minha mãe disse que a única coisa que ela queria de mim era que eu fosse feliz.E esse era o trato que a gente tinha quando eu era criança,que eu e ela,nós duas juntas,faríamos de tudo pra que eu fosse.Eu sei que a minha mãe fez a parte dela e ultimamente eu tenho me perguntado se eu fiz a minha.E eu não precisei pensar muito pra chegar a conclusão que de que eu fui feliz sim,muito,mesmo tento deixado de aproveitar uma oportunidade ou outra.Eu acho que ser feliz não é ter uma vida perfeita,com tudo nos seus devidos lugares,mas talvez se agarrar naqueles bons momentos que a gente tem,naquelas coisinhas pequenas como uma tarde com as amigas ou olhar a praia.Todo mundo passa por bons e maus momentos,mas o mundo não vai parar de girar pq você tem problemas.

Uma coisa que eu aprendi com a minha pouca experiencia é que não adianta você fingir ser o que não é para os outros ou pior ainda para você pra não ter que encarar a realidade,pq as máscaras sempre caem,por mais que isso pareça clichê.O primeiro passo é conviver com vc mesma.Há muito tempo eu aceitei minhas falhas,o meu vício por coca-cola,minha bagunça,minhas manias e aprendi a conviver com a dos outros também,a gente acaba aprendendo mais cedo ou mais tarde.
Quando acontece algo que me chateia,o jeito é seguir em frente se não tiver nada que eu possa fazer a respeito e na maioria das vezes as coisas sem jeito,acabam se ajeitando com o tempo.E talvez isso é tudo que a gente possa pedir;para passar por elas.


segunda-feira, 10 de março de 2008

messy!


Meldels,qual é o meu problema??
Enquanto todo mundo faz de tudo pra ter uma vida tranquila eu faço de tudo pra tornar a minha uma bagunça.Pra começar,eu me transformei no pacote compacto da ingnorância nos últimos dois dias e ao contrário da maioria das pessoas que evitam conflitos eu me esforço ao máximo pra descontar a minha raiva inteira na primeira pessoa que eu encontrar na minha frente(geralmente um dos meus pais).Parece vício por confusão,mas as coisas andam bem foram dos trilhos na minha vida ultimamente.
Tem a faculdade e todos os trabalhos o D.A. e toda essa preparação pro ERECOM que ta acabando comigo,e apesar de eu gostar demais da minha agenda lotada,de vez em quando fica meio dificil lidar com todo mundo,e as pessoas a minha volta parecem não entender isso.E é essa a parte da historia que me deixa mais irritada,a falta de bom senso das pessoas ao meu redor,sempre exigindo que eu seja gentil o tempo;T

Parte disso se deve a ansiedade pra viagem também,suponho eu.É a primeira vez que eu to viajando por conta própria.Tipo,com monitoras e alojamentos separados.Agora aqui estou eu,indo de onibus daqui pra Teresina e dormindo em um colchão no campus!É estranho ter essa liberdade toda nas minhas mãos e eu confesso que de vez em quando me pego sentindo um pouquinho de medo de que algo de ruim me aconteça lá,mas eu vou esta entre amigos,anyway.

Agora vou-me indo,buscar solução para os meus problemas,embora eu saiba que manicure e compras são a solução do problema de qualquer garota:9

sábado, 8 de março de 2008

silly.

Eu gostaria que a minha mãe não fosse tão prestativa e recebesse visitas com tanta frequencia.Eu não sou muito próxima dos meus parentes,o que resulta em postar nesse blogger e receber a má fama de ovelha negra da família.Sei lá,eu sou tãão diferente deles!Não aquele diferente de não dividir gostos em comum,como eu sou diferente das minhas amigas,mas de viver um tipo de vida completamente distinto mesmo.Mais limitado,eu diria.

Eu não falei nada quando a minha mãe avisou que eles estavam vindo.Eu me assusto comigo mesma de vez em quando devido as coisas que eu falo quando estou com raiva.E eu sempre me arrependo depois,fato.É como se aquilo tudo tivesse guardado dentro de mim por muito tempo e eu simplesmente preciso explodir com alguém.
Eu sei que parece egoísta.Claro que a minha mãe tem o direito de receber quem ela quiser em casa,afinal de contas é ela que paga as contas,eu por outro lado acabo frustrada quase todo final de semana(ok,to exagerando).É como se eu tivesse competindo com eles pela atenção dela,no sentindo mais literal da coisa que você puder imaginar.

Mudando de assunto,eu acho que eu arrumei um problema maior ainda do que os meus parentes aproveitadores,eu to me sentindo consfusa,se é que essa é a palavra certa em relação a um garoto.É estranho pq eu nunca fui romantica,nunca gostei de demonstrações públicas de afeto,muito menos de cartas de amor ou depoimentos no orkut.Mas esse garoto entrou na minha vida e eu nem mesmo consigo distinguir de que maneira eu gosto dele.Porque eu nunca nem me apaixonei de verdade,acho uma perca de tempo viver pro namorado e depender dele pra tudo e dizer que ele te completa,pq eu sei q por mais que eu goste de uma pessoa ela nunca vai me completar,existe uma parte de mim que é individualista demais e eu sei que eu nunca deixaria alguém preencher esse espaço,por mais que a pessoa tente.Eu só me sinto diferente...Daquele jeito ridículo de nunca saber o que falar quando eu estou perto dele ou de gostar do abraço dele mais do que uma amiga deveria e eu odeio profundamente toda essa confusão de sentimentos.Eu achava que era completamente imune a esse tipo de coisa,e agora eu não consigo nem mesmo identificar se eu gosto dele como amigo ou como,sabe como é...algo mais do que isso o.o
Eu só queria voltar a ser a Patricia de antes,segura e decidida,meio esnobe em relação ao sexo oposto,mas parece tão impossível agora!

ALGUÉM POR FAVOR ESCLAREÇA A MINHA VIDA PRA MIM!
*semata*

quinta-feira, 6 de março de 2008

broken bones.

Cansada:x
acho que desde sábado que eu mal tenho tempo de respirar.Tem as coisas da faculdade pra ajeitar,os pedágios pro ERECOM,as reuniões do DA e etc.E embora seja bom ter os meus horários preenchidos,de vez em quando você precisa de um espaço pra cuidar de você.Não to falando de tomar um banho de loja ou ir a um salão de beleza,mas de organizar as idéias mesmo,fazer um balanço daquilo que você anda fazendo,o que te faz bem e o que não faz...
Eu particularmente estou de bem comigo mesma,tentando aproveitar ao máximo as oportunidades que me aparecem e de certa forma isso é bem diferente do que eu vivenciei no colégio.Especialmente depois de toda a chateação do terceiro ano,é reconfortante saber que eu finalmente estou aprendendo o que me interessa,e que eu to fazendo o melhor que eu posso em relação a isso:)

É bom ter um certo controle sobre o que você é,sobre a pessoa que você vai se tornar depois de certo tempo.A época da insegurança acabou junto com o colégio,eu ando com os meus dois pés no chão agora,e eu devo dizer que eu me tornei alguém completamente diferente da Patrícia de dois anos atrás e eu me orgulho disso.É legal ter um objetivo,lutar pelas coisas que você quer,ter seus sonhos,sua força de vontade e conhecer pessoas que querem algo assim pra elas também.Eu me surpreendi comigo mesma indo pras reuniões do DA e arrecadando dinheiro na rua pro Congresso,pq a antiga Patrícia não tinha participação alguma nas atividades extra-curriculares e ela certamente acharia um vergonha pedir contribuição pro ERECOM.
Pensando bem,a Antiga Patrícia vivia em uma bolhinha e aquele mundinho limitado era tudo que ela conhecia.Ela fechava os olhos pro mundo lá fora,pras coisas que a incomodavam,pra aquilo lhe doía.Agora ela sabe.Ela agora sai pela rua de onibus,pede dinheiro no sinal,fala o que pensa pra todo mundo escutar e não tem vergonha de pensar diferente.Não é fácil quebrar as barreiras com as quais você não está acostumada.Especialmente quando tudo ao ser redor parecia tão comodo.Mas uma hora você tem que decidir sua vida e isso é só parte da transição de ser alguém sem perspectivas para alguém com sonhos,com objetivos.É claro que eu ainda tenho o meu próprio mundinho,todo mundo tem aqueles sentimentos e lembranças que são pessoais demais pra dividir com alguém.Mas eu também sei que ninguém ta por aqui de brincadeira,e que a vida de verdade,lá fora,é bem diferente da vida que eu imaginava.Não tem enfeites,não tem tempo pra drama ou inseguranças.É aquilo alí que você se recusava a enxergar,limpo e seco,esperando pra ser explorado.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Eu poderia começar dizendo o quanto a gente depende uma da outra pra milhares de coisas,que eu as amo profundamente e não poderia viver sem elas e que elas são a razão da minha existênica nesse mundo cruel,mas não é exatamente nisso que nossa amizade é baseada.É baseada em três pessoas independentes vivendo suas vidas separadamente mas ainda assim,ligadas de alguma forma.
Eu diria que dez anos é uma boa quantia de dias vividos,especialmente se a gente pensar que as amizades andam acabando rápido ultimamente,um mês você tem um grupo de amigos no mês seguinte eles já não te servem mais.Nunca foi desse jeito com a gente.Nós já nos desentendemos uma vez ou outra,falamos coisas que gostaríamos de retirar,temos algumas opiniões bem distintas,mas nada sério demais pra nos afastar uma da outra.

Eu posso fazer novos amigos na faculdade,ou no FCE,e sempre voltar pra casa e contar pra elas o quanto eu me diverti com eles e elas vão sempre ficar felizes por mim e vice-versa.
A nossa amizade é baseada acima de tudo em confiança,em compreensão,em saber ouvir sem julgar não importa o erro que uma de nós tenha cometido.É apoiar os ideais mais malucos,falar o que a outra precisa ouvir mesmo que isso possa ser doloroso.
Defeitos todo mundo tem,mas a gente já se conhece bem o suficiente pra aceitar esses aí também,se acostumar com as manias,os vícios de cada uma.E com elas eu me sinto segura o suficiente pra ligar a cobrar as quatro da manhã se eu precisar de alguma ajudas,e q o depender delas elas vão fazer,até mesmo sem que eu precise pedir.
E é essa troca que é o mais importante.É saber perdoar essas besteirinhas do dia a dia,confiar o suficiente pra rir e chorar com aquela pessoa e ter a certeza de que ela vai estar sempre ao seu lado.É deitar em uma grama e falar bobagem naqueles dias em que não se tem nada pra fazer,é rir das propagandas na TV e das piadas sem graça que a gente conta sem se importar se alguém nos entende ou não,pq pra nós os laçõs criados ao longo desses dez anos são o que basta.É aquele abraço naqueles dias em que você se sente exausta e aquele telefonema quando a sua auto estima está lá embaixo.
Minhas amigas conseguem fazer com que eu me sinta melhor sem ao menos dizerem alguma coisa,é bom só deitar ao lado delas na cama e ver TV,ou sair pra tomar um sorvete na beira-mar,ou só falar da vida alheia mesmo.

Uma coisa eu sei que eu aprendi com esses dez anos e essa troca continua.Que não importa o quanto a gente possa se afastar em termos geográficos,se um dia Carol for pra Hollywood,Gabi virar médica psiquiatra e eu uma roteirista famosa,a gente sempre vai achar um caminho de volta uma pra outra,pq é assim que sempre funcionou com a gente.Não importa quantos novos amigos a gente faça,quão distante a gente viaje aquilo q a gente vem construindo desde 1998 sempre vai ter um lugarzinho especial nas nossas vidas,pq certos vínculos que a gente cria,são simplesmente fortes demais pra serem quebrados.

"Para enfrentar a correnteza,aprendemos a nos dar as mãos"
Ann Brashares.