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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

head on the grass.

Acordei sentindo falta do colégio.Eu tenho saudades da matéria copiada no quadro e do uniforme.Da biblioteca cheia de paradidáticos e dos fiscais no corredor mandando a gente entrar na sala de aula ao final do intervalo.É uma saudade boa por outro lado,daquelas que te deixa com um sorrisinho involuntário no canto da boca,apesar da pontada de tristeza inevitável.

Eu acho que eu até me adaptei bem rápido a vida universitária.Deus sabe o quanto eu odeio mudanças e o quanto eu temia o fim do Ensino Médio,mas tudo aconteceu como tinha de acontecer,olhando pra trás eu vejo que não tinha como ser diferente,mas eu também não consigo deixar de olhar com nostalgia para os ultimos três anos e pra aqueles anos lá atrás também,quando as responsabilidades ainda não existiam e o universo parecia se resumir àquele nosso mundinho limitado.É engraçado como quando a medida que a gente cresce os problemas começam a aparecer,não sei dizer se pq eles não existiam ou pq com a pouca idade,nós não os notávamos.Eu lembro da época em que eu gazeava aula e ameaçava fugir de casa(sim,tive a minha fase rebelde).Minha mãe ficava louca com as minhas notas,com as minhas roupas pretas e com as reclamações dos professores.Chorava,fazia drama,ameaçava me colocar em colégio público e eu sempre fingia que não tava nem aí.Depois veio a mudança de colégio e aquilo que os especialistas chamam de depressão,mas que eu prefiro chamar apenas de crescer,de abandonar a infância e lidar com você mesmo,se aceitar do jeito que é,aquelas mudanças sultis e dolorosas por quais a gente passa quando está crescendo.Durante esse período eu passei por duas psicólogas e um psiquiatra e eu me sentia completamente dependente das analises e dos remédios,mas ninguém nunca foi capaz de dizer o que eu realmente sentia.Isso tudo passou com o tempo.À medida que eu fui firmando os meus pés no chão e fazendo as minhas próprias decisões eu deixei de ser tão insegura,de precisar que outras pessoas me dessessem o que fazer pra que eu me sentisse bem.Foi uma questão se colocar as idéias no lugar e só,a medida que eu fui me saindo daquele redemoinho de sentimentos novos,os pensamentos ruins desapareceram.Durante aquele ano de 2006 foi como se eu tivesse vivido em camera lenta e ao mesmo tempo com toda a intensidade do mundo.Nada acontecia,mas eu vivia a flor da pele,presa naquele redemoinho de emoções.Era como se eu tivesse mais viva.Hoje,em compensação,eu me sinto mais livre.

1 comentários:

Gabs disse...

crescer é ruim...e necessário :~
gostei do post :D
beeijo, pati :*